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Dia do Médico
 
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16/10/2009

Dia do Médico

Rio de Janeiro realiza passeata na praia

Os médicos do Rio de Janeiro vão realizar no próximo domingo (18/10), dia do médico, uma manifestação pela valorização da categoria, salários dignos e melhores condições de trabalho. A iniciativa é do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) que quer dar continuidade à intensa campanha realizada em pról dos profissionais da rede pública do estado. A concentração começa às 10h, em frente ao Hotel Othon, no posto 5 da orla de Copacabana.

Desde agosto, o CREMERJ está visitando hospitais municipais, estaduais e federais em todo o Estado do Rio de Janeiro, para fazer um levantamento das condições de trabalho e da falta de médicos decorrente dos baixos salários.

A mobilização da classe médica terá caráter nacional e está sendo preparada pela Comissão Pró-SUS em parceria com as entidades médicas de cada estado. Entre as principais reivindicações estão o piso salarial de R$ 8.300,00 por 20 horas semanais, a carreira de estado no serviço público e o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos. A proposta é valorizar os médicos da rede de saúde pública com salários dignos e condições de trabalho adequadas, que os estimulem a aperfeiçoar a assistência de saúde à nossa população.

Confira abaixo o resumo das visitas do CREMERJ aos principais hospitais municipais, estaduais e federais do Estado do Rio de Janeiro. O Conselho está fazendo um levantamento das condições de trabalho nestas unidades e da falta de médicos decorrente dos baixos salários. Já foram visitados os hospitais Miguel Couto, Salgado Filho, Hospital do Andaraí, Souza Aguiar, Carlos Chagas, Bonsucesso e Getúlio Vargas.

Hospital dos Servidores do Estado
O CREMERJ verificou a necessidade de ampliação do número de leitos tanto na UTI neonatal quanto na neurocirurgia. A falta de enfermeiros e auxiliares de enfermagem também está comprometendo o atendimento na unidade.

Hospital Cardoso Fontes
Durante a visita do CREMERJ ao hospital foi constatada a carência de 20 anestesistas.

Hospital Geral de Bonsucesso
Na visita realizada pelo CREMERJ, uma das questões mais graves observadas no Hospital Geral de Bonsucesso foi a permanência de pacientes renais crônicos em diálise na emergência, por conta dos problemas na regulação da porta de saída da unidade. A sobrecarga de trabalho e o excesso de pacientes foram a tônica da visita.

Hospital Carlos Chagas
Desde janeiro, o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, já teve três setores fechados: ortopedia, cirurgia plástica e ginecologia. Desta forma, o número de leitos sofreu redução de 40%, passando de 200 para 120 leitos. O tomógrafo, por exemplo, está quebrado há quatro meses. Outro grave problema é a falta de médicos. As equipes estão seriamente desfalcadas de especialidades como clínica médica e pediatria. Também há plantões sem cirurgiões e sem anestesistas, fato que prejudica o pólo de endoscopia digestiva criado recentemente na unidade.

Também foram encontrados 44 leitos de ortopedia desativados, apesar de equipados com camas elétricas e colchões novos. Segundo informações, é possível que sejam transformados em leitos de retaguarda para a UPA ou leitos de longa permanência. Enquanto isso, os 20 ortopedistas lotados no hospital ainda não sabem para onde serão transferidos. O fechamento do serviço de ortopedia é preocupante, porque a área programática em que está inserido o Hospital Carlos Chagas não tem outra unidade capaz de absorver esta grande demanda de pacientes ortopédicos.

Já o pólo de endoscopia conta com 15 médicos, mas ainda não recebeu novos equipamentos. Desde que foi transformado em pólo, o serviço tem realizado três vezes mais exames, com grande número de casos de hemorragia digestiva, e está recebendo pacientes vindos até de Niterói. O banco de sangue, por exemplo, também não foi adaptado para este novo volume de pedidos.

Hospital Municipal Souza Aguiar
Considerado a maior emergência da América Latina, o Hospital Souza Aguiar continua com grande déficit de médicos, principalmente clínicos, pediatras, anestesistas, neurocirurgiões e ortopedistas. A falta de oito intensivistas pediátricos está comprometendo o funcionamento da UTI pediátrica, que pode ser fechado caso o quadro de médicos não seja completado. Este fato certamente vai agravar a carência de UTI pediátrica na cidade do Rio de Janeiro. Já em relação aos clínicos, faltam dois na rotina e 14 na emergência.

Hospital Municipal Miguel Couto
Referência para os casos de traumato-ortopedia da Zona Sul e da Barra da Tijuca, o Hospital Miguel Couto tem grande carência de radiologistas e clínicos. Atualmente, o déficit é de 16 clínicos na emergência.

Hospital Municipal Salgado Filho
Faltam 31 clínicos na emergência do Hospital Municipal Salgado Filho.

Hospital Estadual Getúlio Vargas
A falta de médicos de diversas especialidades é o ponto crítico do Hospital Getúlio Vargas. O CREMERJ contabilizou a falta de clínicos, pediatras, neurocirurgiões (no plantão de terça-feira) e anestesistas nas equipes do fim de semana.

Hospital Municipal Lourenço Jorge
Durante a visita ao hospital, o CREMERJ observou grande deficiência de recursos humanos. Na Maternidade Leila Diniz, que fica anexa ao Lourenço Jorge, a falta de pediatras intensivistas impossibilita a inauguração da UTI pediátrica. Faltam também obstetras.

Os médicos denunciaram o atraso no pagamento dos médicos cooperativados e reclamações sobre as diferenças salariais entre os médicos estatutários e os médicos contratados pela Fiotec.

Apesar de cumprirem mesmas funções e cargas horárias, os médicos recém-contratados de forma temporária ganham o dobro dos médicos concursados e que já atuam há anos na unidade. A Prefeitura também não estaria pagando, desde junho, a gratificação de R$ 1.500 que fora prometida aos médicos que cumprissem 24 horas na emergência.

Hospital do Andaraí
Durante a visita à unidade, o CREMERJ recebeu denúncias de falta de material e excesso de pacientes sem porta de saída. Apesar de não ter carência de médicos no momento, a maioria dos médicos do Hospital do Andaraí tem um vínculo de trabalho fragilizado (contratação). As instalações físicas do Hospital do Andaraí estão em péssimas condições, o que mostra a falta de manutenção predial.


Autor: Setor de Imprensa
Fonte: FENAM

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