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Saiba como funciona bolsa intestinal que Bolsonaro usará até dezembro
 
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06/10/2018

Saiba como funciona bolsa intestinal que Bolsonaro usará até dezembro

Colostomia redireciona fezes do ânus para área externa da barriga; bolsa tem 500 ml e deve ser esvaziada até três vezes ao dia ao ser preenchida por fezes

Para prevenir risco de infecções, uma colostomia provisória foi realizada em Jair Bolsonaro. Isso significa que o trajeto do intestino foi redirecionado do ânus para a área externa da barriga, mais precisamente para uma bolsa coletora de fezes. Segundo os médicos, ele deve permanecer com a bolsa por até 90 dias.

A colostomia foi o procedimento escolhido porque a perfuração da faca na barriga provocou derramamento de fezes dentro da cavidade abdominal. “A fim de evitar o risco de a lesão abrir dentro da cavidade, que está contaminada, levou-se a lesão para fora até a melhora da infecção e do estado geral do paciente”, explica o gastrocirurgião Marcos Belotto, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

A colostomia é uma exteriorização do cólon intestinal. Ou seja, há um redirecionamento do intestino, que chega até a pele da barriga. Ali é acoplada uma bolsa plástica de 500 ml para onde irão as fezes.

“A bolsa fica acoplada muito perto da pele e se você coloca carvão ativado dentro dela não fica odor. Há muita gente que tem colostomia e ninguém percebe”, explica.

Com o uso da bolsa intestinal, não há como controlar a vontade de ir ao banheiro. As fezes saem naturalmente do intestino para a bolsa, geralmente entre meia hora e uma hora após as refeições. “Não há cólica. O paciente só sabe porque a bolsinha fica mais pesada”, diz. A consistência das fezes costuma ser pastosa.

O esvaziamento da bolsa pode ser feito conforme ela vai enchendo, de uma a três vezes ao dia – ela deve ser esvaziada diretamente no vaso sanitário. “Existem dois tipos de bolsa: a transparente e a bege; esta não permite ver as fezes”, afirma o médico.

A bolsa é trocada a cada 5 dias pela própria pessoa e pode ser feita em casa. Belotto explica que existe um tampão que pode substituir a bolsa em ocasiões esporádicas, para permitir o uso de roupas mais justas, biquíni ou sunga. “Já para dormir, a bolsa não atrapalha, pois o intestino fica mais em repouso”.

A dificuldade mais comum ao usar bolsa intestinal é não saber acoplá-la direito, segundo o cirurgião. “Ela fica meio frouxa e acaba de deslocando do corpo”, diz. Nesse caso, pode haver vazamento.

Ele explica que algumas pessoas precisam usar a bolsa a vida toda e estão muito bem adaptadas. “Existe um mito entorno da bolsa de estomia, um trauma muito maior do que ela é de fato. Ela é bem adaptável à vida diária”, afirma.

Em caso de colostomias provisórias, como está previsto para Bolsonaro, a reversão do procedimento é feita por meio de cirurgia e consiste em unir o pedaço do intestino que está dentro com o que está fora do corpo. 


Autor: Deborah Giannini
Fonte: R7

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