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Equipamento desenvolvido no Clínicas trata dor crônica
 
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29/11/2018

Equipamento desenvolvido no Clínicas trata dor crônica

O equipamento é de fácil manuseio, por isso pode ser usado em casa pelo paciente

Um dispositivo de uso domiciliar de Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) confeccionado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Neuromodulação Translacional (INCT-NT) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) comprovou resultado seguro e eficaz na redução da dor crônica, de sintomas depressivos e até redução do uso de analgésicos. A diminuição dessas manifestações se deu, em média, em 64% das pacientes envolvidas na pesquisa.

O estudo foi realizado em pacientes com fibromialgia – dor por todo corpo - e em pessoas saudáveis. O aparelho, criado em 2013, foi testado em 20 mulheres, durante 30 minutos por dia e em 60 sessões. No entanto, a técnica vem sendo aplicada em ensaios clínicos para depressão, transtorno de déficit de atenção e dor pós-operatória. Atualmente, dezenas de pacientes com diversos tipos de dores recebem atendimento no Ambulatório do Hospital de Clínicas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O trabalho liderado pelo chefe do Serviço de Tratamento da Dor e Medicina Paliativa do HCPA, Wolnei Caumo, foi publicado em vídeo, na revista científica Jove, de abrangência internacional. “A descoberta tem o objetivo de integrar a Neurociência clínica e oferecer novas possibilidades terapêuticas de baixo custo e em larga escala”, salienta. O dispositivo já tem registro de patente e está disponível para ser produzido e lançado no mercado.

O equipamento é de fácil manuseio, por isso pode ser usado em casa pelo paciente. Ele é portátil e alimentado por baterias recarregáveis. Tem dois canais pelos quais é injetada salina com uma seringa. O líquido serve para umedecer a pele do crânio e ativar as correntes de eletrodos, responsáveis pelo tratamento não invasivo. Além disso, vem com uma touca elástica com esponja vegetal interna, que dever ser acoplada à cabeça como um boné, no momento da sessão. “A interface com o usuário é feita por meio de teclas que permitem ligar/desligar, iniciar/interromper a estimulação e um display para visualização do status de tratamento”, explica o professor. 


Autor: Elstor Hanzen
Fonte: HCPA

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