Presente em, aproximadamente, 25% da população brasileira adulta, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma anormalidade clínica que exige muita atenção e cuidados especiais. Entre as suas principais consequências estão o infarto do coração, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca e renal. Para aumentar a conscientização sobre o tema, em 26 de abril é celebrado o Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial.
A pressão arterial é considerada alta quando está acima dos 120 de máxima e 80 de mínima, conhecida popularmente como “12 por 8”. Noventa por cento dos casos tem causa familiar (herança genética), e os demais casos podem ser secundários, decorrentes de distúrbios endócrinos, como: hipotireoidismo, hipertireoidismo, doença da glândula supra renal, doença renal crônica, entre outras.
A síndrome de apneia do sono tem se constituído como uma causa secundária bastante prevalente nos últimos anos. Pode ser identificado em pacientes que roncam, possuem sono de má qualidade com múltiplos despertares, gerando sonolência e cansaço, “acumulam” o sono, e isso acaba gerando um estado hipertensivo, causa frequente da hipertensão secundária.
De acordo com o especialista, essas situações podem ser identificadas tanto por exames de sangue quanto por exame de imagem, e, algumas delas, podem ser tratadas e curadas.
Mário Wiehe, cardiologista do Hospital São Lucas da PUCRS, salienta que campanhas temáticas de prevenção têm grande serventia para alertar a população. “Qualquer iniciativa que influencie as pessoas a verificarem sua pressão é importante, pois, em muitos casos, uma simples verificação pode servir como um sinal de alerta”, destaca. Segundo o médico, muitas vezes, os sintomas podem surgir somente em casos mais avançados, ficando silenciosos durante muito tempo. Portanto, é necessário o cuidado constante com a pressão.
Fatores de risco
Sobrepeso, obesidade, má alimentação relacionada ao consumo excessivo de sal, sedentarismo, tabagismo e fator hereditário são as principais razões que podem levar à hipertensão.
Incidência entre os Jovens
O sedentarismo e a obesidade é crescente entre os jovens, aumentando a taxa de HAS entre 20 e 30 anos “ Os smartphones acabam fazendo com que as pessoas percam o costume de se exercitar, diminuindo o ritmo de atividades. Exercícios tradicionais, como correr, jogar bola e outras brincadeiras comuns de antigamente, são deixados de lado. Com isso, o percentual de risco da doença aumenta entre os adolescentes e adultos jovens”, afirma o cardiologista.
Diagnóstico
O diagnóstico de HAS é feito através da verificação da pressão casual, que é a forma tradicional de aferição, realizadas no consultório com auxílio de aparelhos manuais, ou automáticos realizados no domicilio do paciente.
