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Pacientes com Câncer de Próstata tratados com radioterapia apresentam baixo índice de complicações
 
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23/10/2009

Pacientes com Câncer de Próstata tratados com radioterapia apresentam baixo índice de complicações

Estudo realizado por pesquisadores da Mayo Clinic é o maior já realizado nesta categoria

Publicado na edição de outubro do periódico Radiotherapy and Oncology, o estudo - o maior do gênero, já realizado por uma única instituição – revela um baixo índice de complicações em pacientes com câncer de próstata, tratados com radioterapia depois de submetidos à cirurgia para remover a próstata. Os homens participantes do estudo foram tratados com radioterapia, seguida de cirurgia, em que exames de antígeno prostático específico (PSA) indicaram que o câncer voltou a se manifestar. O estudo foi realizado nas unidades da Clínica Mayo da Flórida e de Minnesota.

“Em homens sem a próstata, a elevação dos níveis de PSA indicam que o câncer está de volta. Depois que a recorrência do câncer é detectada, há muito pouco tempo para a realização de uma radioterapia que possa ser benéfica para o paciente, no controle do câncer”, afirma a pesquisadora principal do estudo, a médica Jennifer Peterson, do Departamento de Radiação Oncológica da Clínica Mayo, campus de Jacksonville, na Flórida.

“Há um medo generalizado desse tipo de tratamento por radiação, por parte dos pacientes e seus médicos, mas esse estudo mostra que erradica, de forma eficaz, o câncer recorrente em um número significativo de pacientes e, além disso, resulta em poucos efeitos colaterais mais sérios. Nenhum outro tipo de tratamento, além da radioterapia por feixe externo de salvamento, tem se mostrado capaz de curar esses pacientes”, ela acrescenta.

As estimativas indicam que, em 2009, 192 mil homens nos Estados Unidos serão informados do diagnóstico de câncer de próstata. Desse universo, cerca de um terço (64 mil homens) irão optar por uma prostatectomia radical como seu tratamento primário, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos. Outros estudos têm mostrado que um terço desses homens submetidos à prostatectomia radical ainda vão enfrentar, posteriormente, um aumento do PSA – uma recorrência do câncer – dentro de cinco a 10 anos, diz Jennifer Peterson. “Dois terços desses homens, se não forem tratados, irão enfrentar uma metástase da doença, no curso de 10 anos, mas as chances de isso acontecer é significativamente reduzida para pacientes tratados com radioterapia de salvamento”, ela declara.

Segundo o coautor do estudo, o médico Steven Buskirk, da Mayo, de Jacksonville, dúvidas sobre a eficácia da radioterapia de salvamento e sobre seus efeitos colaterais têm levado muitos urologistas a não recomendar o tratamento.

Esse estudo, que durou duas décadas, foi empreendido para documentar especificamente o problema dos efeitos colaterais. Participaram do estudo 308 pacientes, com um acompanhamento médio de 60 meses, a contar da aplicação da radioterapia por feixe externo de salvamento. Apenas um paciente teve uma complicação séria (de grau quatro) e três pacientes tiveram efeitos colaterais menos sérios (de grau três). Nenhum desses efeitos foi fatal e todos foram tratados. Efeitos colaterais mais leves foram observados em outros 37 pacientes e todos receberam o devido tratamento para essas complicações. O vazamento urinário, uma preocupação de muitos pacientes que decidem não fazer a radiação, não foi um dos efeitos colaterais comuns desse tratamento.

Técnicas aperfeiçoadas da administração de radioterapia por feixe externo de salvamento, desde que o estudo foi iniciado em 1987, provavelmente vão significar que a taxa de efeitos colaterais hoje, em comparação com as do período do estudo, serão bem menores, diz Steven Buskirk.

“Nosso trabalho é bem melhor hoje, porque conseguimos aplicar a radiação exatamente onde queremos e, com isso, reduzir a dose nos tecidos normais circundantes”, ele afirma.

“Em nossa experiência na Clínica Mayo, os efeitos colaterais da radioterapia de salvamento nos pacientes tratados após uma prostatectomia radical são mínimos”, diz Jennifer Peterson. “E ainda mais importante é o fato de que esse é o único tratamento curativo possível, em potencial, para esses pacientes com câncer recorrente”, ela declara.

O estudo foi financiado pela Clínica Mayo.

Para mais informações sobre tratamento do câncer de próstata e outros tipos de câncer na Clínica Mayo, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie um e-mail para intl.mcj@mayo.edu.

Sobre a Mayo Clinic

A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.300 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 46.000 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo, que tem unidades em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Scottsdale/ Phoenix (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.

Para mais notícias sobre a Clínica Mayo, visite o site www.mayoclinic.org/news/. O MayoClinic.com (www.mayoclinic.com) está disponível como fonte para reportagens da área de saúde.


Autor: Alana Rany Vasconcelos
Fonte: SPMJ Comunicações Ltda

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