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28/10/2009

Esqueça a dieta!

Campanha internacional incita as mulheres a amarem mais seu próprio corpo

Todo dia milhões de mulheres gastam tempo, dinheiro, energia, acabam com sua autoestima e podem estar se afastando cada vez mais das pessoas que amam. Elas passam horas perseguindo ideias intangiveis e irreais de um padrão de beleza feminina enrraizado na sociedade moderna: o ideal de magreza.

Uma campanha entitulada Fat Talk Free Week (algo como “Uma semana sem conversas sobre engordar”), propõe que as pessoas fiquem 7 dias sem falar sobre o assunto, evitando frases que endossem negativas sobre o próprio corpo e de outras pessoas. A campanha tem o apoio da The Academy for Eating Disorders, entidade mundial que reúne profissionais envolvidos com pesquisas sobre os transtornos alimentares, e da Proata (Programa de Orientação e Apoio aos Pacientes com Transtornos Alimentares) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“É comum ouvir grupos de mulheres adotando uma fala depreciativa sobre o próprio corpo, sempre se comparando com modelos de beleza que todos sabemos não ser real”, afirma Liliane Kijner Kern, psiquiatra e terapeuta de família e casal ligada ao Proata. “Isso é quase um mantra que puxa a autoestima para baixo, dia após dia”, diz.

A campanha, afirma a especialista, é uma tentativa de conscientização da sociedade para que as pessoas reavaliem seus atos, deixando de focar apenas a busca de um corpo que seja associado a um modelo estético. A Fat Talk Free Week propõe que as pessoas busquem por um ideal de saúde – e que é diferente para cada tipo de mulher – o que requer que as pessoas cuidem do próprio corpo (e não fiquem mais magras).

“É possível alcançar um ideal de saúde quando nós melhoramos nossa saúde corpórea, mental e nossa qualidade de vida”, diz Kern. Isso pode trazer melhoras não só na pessoa, mas no círculo de convivência e na família.

A psiquiatra observa que a aversão ao próprio corpo pode levar as mulheres a buscar métodos que muitas vezes são extremamente agressivos. “Dietas restritivas, exercício em excesso – muitas vezes feitos como obrigação, sem nenhum prazer – tudo isso é uma violência contra o corpo”, diz.

A dieta pode ser um perigo

Kern lembra também que, na maioria dos casos, os transtornos alimentares são desencadeados por esse círculo vicioso gerado pela sucessão de dietas radicais e tentativas frustradas de transformação do próprio corpo. Essa frustração pode se potencializar, chegando a comportamentos bulímicos.

“Forçar o vômito é a imagem mais intensa que temos da bulimia. Mas muitas mulheres que abusam dos laxantes, diuréticos ou tomam remédios para emagrecer em excesso – com ou sem prescrição médica – também podem estar desenvolvendo esses comportamentos bulímicos”, observa. Esse tipo de quadro pode evoluir.

“A ideia da campanha, é fazer com que o corpo pare de ser motivo de vergonha e passe a ser algo que proporcione prazer. Não é preciso ir à musculação todos os dias. É possível optar por dançar, por exemplo, ou então ter uma alimentação balanceda e saudável sem restrições e sem comer nada por que é uma obrigação. Sempre existe uma opção”, finaliza Liliane. Emagrecer pode até ser consequência, mas não um objetivo a ser alcançado a qualquer custo.

O que fazer durante a sua “Uma semana sem conversas sobre engordar”

- Pare de usar frases como “estou gorda”, “eu pareço mais gorda com essa roupa?”, “preciso perder uns quilinhos”. Com as amigas evite comentários como “ela está muito gorda para usar um biquini”. Ao invés disso tente usar frases positivas e tente mudar a atitude de pessoas que sempre estão desmotivadas com o próprio corpo. Dizer “Você está ótima! Pra quê perder peso?”, de vez em quando, não é tão difícil, é?

- Escolha uma amiga ou alguém da família para conversar sobre o que cada uma gosta no próprio corpo.

- Faça um diário de boas coisas que seu corpo lhe proporciona. Por exemplo: “consigo dormir bem e acordar descansada” ou “eu posso fazer algum esporte sem perder o fôlego”.

- Escolha uma amiga e faça um pacto para não conversar sobre dietas ou sobre engordar. Quando uma das duas começar a falar negativamente sobre o próprio corpo, cobrem-se do pacto.

- Faça uma promessa a si mesma: não fale mal do seu corpo. Elogie, seja prática. Ao invés de pensar “eu não gosto do meu nariz”, imagine o que ele faz por você (não precisar respirar pela boca é uma grande vantagem, não é?).

- Da próxima vez que alguém te elogiar não precisa reclamar. Ao invés de responder “mas eu me acho tão gorda”, respire fundo e diga “obrigado”. Fácil assim.

- E finalmente: uma semana é só o começo. Tente assimilar o hábito e tenha em mente que o corpo perfeito é uma invenção. Ser saudável é muito mais bonito.


Autor: Enio Rodrigo
Fonte: UOL - Canal O que eu tenho?

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