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Neurocirurgia funcional
 
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29/11/2008

Neurocirurgia funcional

Hospital Moinhos de Vento aprimora técnica de implante contra doença de Parkinson

O primeiro procedimento de implantação de um eletrodo cerebral profundo guiado por uma técnica de micro-registro foi realizado na sexta (21.11), no Hospital Moinhos de Vento. A cirurgia, conhecida como estereotáxica, consiste em implantar no cérebro um pequeno eletrodo e um gerador elétrico (semelhante a um marcapasso), na qual o cérebro recebe um estímulo profundo na área ou alvo previamente selecionado que sinalizam um conjunto de alterações fisiológicas para controle dos sintomas parkinsonianos.

A tecnologia possibilita o registro da atividade das células cerebrais e acrescenta precisão ainda maior, porque um eletrodo registra na fração de um milímetro, a atividade elétrica do cérebro nos pacientes com Parkinson. Este refinamento da técnica possibilita um ganho na qualidade do procedimento realizado no Hospital há cinco anos e que controla e alivia os sintomas por tempo prolongado. O Hospital Moinhos de Vento trata os problemas da doença de Parkinson no Núcleo de Distúrbios do Movimento que inclui neurologistas, neurocirurgiões, especialistas em neuro-imagem, físicos e engenheiros.
 
Mais de 300 mil brasileiros sofrem do Mal de Parkinson. Somente no Rio Grande do Sul são 20 mil. “O maior problema do paciente é o diagnóstico”, diz o neurologista Telmo Reis. Para ele, cerca de um terço dos pacientes não estão sendo tratados porque a doença não é diagnosticada de forma correta.
 
A doença de Parkinson tem quatro sintomas básicos: tremor, rigidez muscular, lentidão de movimentos e distúrbio de postura. Embora as causas do problema não sejam totalmente conhecidas, sabe-se que aqueles que apresentam os sintomas antes dos 40 anos têm razões genéticas, pois a doença clássica, que pode ser genética ou não, costuma aparecer após os 50 anos. Entre os casos mais conhecidos estão o do Papa João Paulo II e o ator norte-americano Michael J. Fox.
 
Procedimento Cirúrgico
 
A cirurgia estereotáxica com implante estimulador cerebral profundo é um procedimento que exige cálculo matemático e a participação de vários especialistas. O mecanismo de funcionamento do estimulador baseia-se na física aplicada à medicina. “No primeiro tempo cirúrgico, o paciente tem o cérebro mapeado num aparelho de tomografia computadorizada com tecnologia Multi-Slice - um dos poucos existentes no Brasil - associado à ressonância nuclear magnética que possibilita a visualização de detalhes do interior do cérebro através de um exame indolor e que se realiza em poucos minutos”, explica Telmo Reis.
 
Na segunda fase da cirurgia, o paciente recebe o implante do eletrodo cerebral, que é introduzido com precisão até um ponto ou alvo selecionado. É nesta fase que se utiliza a tecnologia de micro-registro que permite definir a localização exata do eletrodo. “Nesta etapa a equipe médica comprova, mais uma vez, que o implante está localizado exatamente no alvo cerebral que vai determinar o alívio dos sintomas”, afirma Telmo Reis. Toda cirurgia é realizada em cerca de cinco horas e a técnica já é utilizada há 18 anos, com sucesso em vários países da Europa, nos Estados Unidos e Canadá.

Autor: Renatha Morés
Fonte: fróes, berlato associadas

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