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5 perguntas sobre o Coronavírus
 
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03/02/2020

5 perguntas sobre o Coronavírus

Médica da Unimed Porto Alegre esclarece questões sobre o vírus

Desde o início de janeiro, o mundo está em alerta com os casos epidemiológicos do novo coronavírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o dia 30 de janeiro foram confirmados 9776 casos do novo coronavírus (2019-nCoV) no mundo, sendo 98,7% notificados pela China. Já há relatos de infecção de pessoas que não estiveram na China, porém estas tiveram contato com pessoas que estiveram recentemente nas áreas de foco da epidemia. No Brasil há 9 casos suspeitos que estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde nos seguintes estados: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Ceará (1). A médica coordenadora do Programa Viver Bem da Unimed Porto Alegre, Sílvia Kretzer, reforça que é preciso ficar alerta aos sintomas. “Se houver febre, tosse ou dificuldade de respirar, é importante ficar alerta. Caso o paciente tenha retornado de viagem de lugares onde há casos confirmados do vírus, como China, ou tenha contato com pessoas que tiveram nas regiões afetadas e apresentar os sintomas, é fundamental a procura de auxílio médico para exames imediatos”, afirma.

O comportamento do novo coronavírus ainda não foi estabelecido e o Ministério da Saúde afirma que, por enquanto, apenas pessoas que tiveram viajado para a China e apresentam os sintomas ou tiveram contato com pessoas com caso suspeito ou confirmado são suspeitos da infecção pelo coronavírus. A orientação é ficar atento às fontes oficiais, como a Sociedade Brasileira de Infectologia, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. A médica Sílvia Kretzer esclareceu alguns fatos sobre o coronavírus. Confira:

O coronavírus é um vírus novo?

“Não. O Coronavírus é uma grande família viral conhecida desde 1960 que costuma infectar animais silvestres em todo o mundo. As variações genéticas que ocorrem neste tipo de vírus dão origem a várias cepas, cada uma tendendo a infectar animais distintos em uma determinada área geográfica. É importante ressaltar que este coronavírus faz parte da mesma família, porém é uma cepa diferente, do coronavírus do Oriente Médio, responsável por casos de síndromes respiratórias agudas desde 2012, que apresenta uma mortalidade maior, porém uma infectividade menor. Também faz parte da mesma família o SARS-CoV, vírus que causou cerca de 8000 infecções com 800 mortes no mundo todo em 2002, também originário da China, porém com surto controlado em 2003. Desde então não se tem relatos de novos casos causados por esta cepa específica."

Quais doenças respiratórias o coronavírus pode causar?

“A maioria dos casos de infecção respiratória causada pelo n-CoV se apresenta como um resfriado ou um quadro gripal de maneira branda a moderada e de curta duração, com um período de incubação de 2 a 14 dias, período no qual pode haver transmissão para outras pessoas. Cerca de 20% dos casos tem se apresentado de maneira mais grave (podendo evoluir de pneumonia para insuficiência respiratória e de múltiplos órgãos) e cerca de 2% de mortalidade. A característica desta cepa é que ela apresenta uma transmissibilidade maior, com níveis de contágio preocupantes."

De onde veio o novo coronavírus?

“Apesar de a origem ainda não estar confirmada, acredita-se que a fonte primária do vírus seja em um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan, na China. Análises genéticas do vírus sugerem que possa ser originário da cobra asiática, que é comercializada nestes espaços.”

O consumo de produtos animais de qualquer espécie pode transmitir o coronavírus?

"Embora muitos animais, especialmente os silvestres, possam ser contaminados por diversos tipos de coronavírus, as recomendações de cuidados com alimentos de origem animal é especialmente importante no contexto do hábito alimentar de algumas populações asiáticas, porém os mesmo cuidados podem e devem ser seguidos por todos para evitar vários outros tipos de infecção."

Quando devo desconfiar que posso estar contaminado pelo coronavírus?

"De acordo com as fontes oficiais, para alguém ser considerado suspeito de estar infectado por coronavírus, a pessoa deve apresentar febre ou sintomas respiratórios agudos e ter circulado por áreas com casos da doença (atualmente, apenas a China se enquadra neste critério, porém esta realidade pode mudar à medida que pode haver maior circulação do vírus em todo o mundo) ou ter tido contato com pessoa com caso suspeito ou confirmado da doença. É importante se atentar para todos esses critérios para que não gere uma preocupação excessiva na população, mas ao mesmo tempo recomendamos que todos fiquem atentos às atualizações, uma vez que a doença é muito recente e dinâmica."

Cuidados com a higiene evita contágio

Para evitar o contágio, a médica Sílvia Kretzer elencou pontos importantes. “Cuidados básicos com a higiene devem ser intensificados. Pessoas em trânsito, como viajantes, também devem ficar alertas”, afirma a médica. Confira abaixo:

Higienize mãos com frequência com água e sabão ou álcool gel – se houver sujeira visível nas mãos, lave com água e sabão. Se não houver sujeira visível, a higienização também pode ser feita com álcool gel;

Evite levar as mãos à boca, olhos e nariz;

Quando tossir ou espirrar, cubra a boca com o cotovelo dobrado, com a manga da camisa ou com lenço descartável. Descarte o lenço imediatamente e lave a região que contiver gotículas;

Evite contato próximo com qualquer pessoa que tenha febre e sintomas respiratórios;

Se você tiver febre, tosse, espirros ou falta de ar, procure atendimento médico precocemente e relate ao profissional de saúde sobre viagens recentes (nos últimos 14 dias);

Quando frequentar mercados de animais vivos, evite contato direto com os animais ou superfícies em contato com eles, especialmente em áreas com casos confirmados de coronavírus;

Consumo de alimentos de origem animal (carne, ovo, leite, vísceras) deve ser feito somente de forma bem cozida;

Cuidado ao manusear alimentos de origem animal para não haver contaminação cruzada de outros alimentos ou superfícies onde haja o preparo destes. Use tábuas distintas para alimentos de origem animal e demais alimentos cozidos ou consumidos crus. Lave bem as mãos imediatamente após manipular carne, ovos ou leite cru;

Não consuma nenhum produto de animal que tenha morrido por doença. 

Para os viajantes:

Somente viaje para locais com casos confirmados da doença, especialmente para a China, em casos de extrema necessidade;

Não viaje se estiver com febre ou sintomas respiratórios;

Se optar em usar máscara de proteção, cubra nariz e boca e não encoste na máscara uma vez colocada;

Se você se sentir doente enquanto estiver viajando, avise a tripulação imediatamente.


Autor: Redação
Fonte: Assessoria de Imprensa da Unimed Porto Alegre
Autor da Foto: Banco de Imagens

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