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16/03/2020

Coronavírus

Conselho de Medicina Veterinária do RS orienta profissionais sobre COVID-19 e SARS-CoV-2

Por Fernando Spilki, Coordenador da Comissão de Saúde Única do CRMV-RS
Presidente da Sociedade Brasileira de Virologia
Coordenador dos cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas da Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS
Médico Veterinário

O Brasil se prepara para enfrentar e combater o início da transmissão comunitária do vírus SARS-CoV-2, responsável por causar a doença COVID-19, chamada de novo coronavírus. Neste momento, é importante que médicos veterinários (em especial os clínicos) e zootecnistas estejam atentos a um conjunto de informações que possam repassar aos tutores e também para própria proteção pessoal, de sua equipe e do público.

Especificamente para profissionais que atuam em clínica de animais de companhia, os Comitês Científico e de Saúde Única da WSAVA (Associação Mundial de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais) publicaram, recentemente, um documento que pode servir de base para a conduta e que está disponível para download gratuito em http://bit.ly/2U5Cvrn.

É de conhecimento amplo de médicos veterinários e zootecnistas que diferentes coronavírus causam uma ampla gama de manifestações clínicas em diversas espécies domésticas. Os profissionais devem estar preparados para esclarecer aos tutores, produtores e auxiliares questões sobre as diferenças entre o agente etiológico da COVID-19 e outros coronavírus.

Vírus da família "Coronaviridae" são uma realidade rotineira na clínica veterinária desde os anos 1960, com a descoberta do vírus da Bronquite Infecciosa em criações comerciais de galinhas e, ao longo desse tempo, inúmeros agentes importantes de doença respiratória e entérica (intestinal) foram descritos em outras espécies.

É importante esclarecer ao público que, ainda que pertençam à mesma família viral do SARS-CoV-2, esses vírus estão em gêneros distintos, são agentes comuns apenas em animais, não infectam seres humanos e não representam risco à saúde pública.

Embora tenha sido noticiada a detecção molecular do vírus nas secreções respiratórias de um cão pertencente a uma pessoa portadora de coronavírus em Hong Kong, não há outros casos relatados a respeito, e nem evidência de infecção das espécies domésticas pelo SARS-CoV-2.

Por isso, é de fundamental importância orientar aos tutores que não estão recomendadas alterações no calendário regular de vacinas de qualquer espécie animal por conta da pandemia de COVID-19.

O mesmo alerta vale para quaisquer tentativas de imunizar seres humanos contra o SARS-CoV-2 utilizando vacinas de uso veterinário contra outros coronavírus. Essa prática, além de representar um risco à saúde, não traria qualquer proteção.

Neste momento, é preciso redobrar a atenção às novidades, buscar fontes de informação científica sobre o tema e evitar o uso de informações não confiáveis que podem se disseminar pelas redes sociais.

Médicos veterinários e zootecnistas devem seguir estritamente às recomendações dos órgãos de saúde pública quanto às medidas de higiene, etiqueta social, restrição de aglomerações e outras, visando à proteção pessoal, de sua equipe e dos tutores de animais de companhia, criadores e produtores rurais.

 


Autor: Cristine Pires
Fonte: Imprensa CRMV/RS

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