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Estudo descarta relação entre autismo e mercúrio no organismo
 
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03/11/2009

Estudo descarta relação entre autismo e mercúrio no organismo

Médico comenta pesquisa em curso na Califórnia. Mais de 400 crianças com 2 a 5 anos foram acompanhadas

 

 
Foto: Joyce Dopkeen/The New York Times

Jacky Maddi, mãe de um adolescente com síndrome de Asperger, trabalha com uma menina autista na Garden Academy, Nova Jersey, em dezembro de 2007 (Foto: Joyce Dopkeen/The New York Times)

Pesquisadores norte-americanos estudam a possível relação entre a concentração de mercúrio no organismo e o diagnóstico de autismo em crianças de 2 a 5 anos de idade.

O autismo ainda é uma doença de difícil compreensão. As crianças apresentam dificuldade de relacionamento interpessoal, comportamentos repetitivos e interesses limitados.


Não existe diferença entre os níveis de mercúrio no organismo das crianças autistas quando comparadas com as crianças normais


A doença tem várias formas de manifestação, desde a mais completa até outras gradações. Uma delas é a síndrome de Asperger, em que as dificuldades podem se apresentar parcialmente ou de forma muito leve.

Os fatores de risco conhecidos até hoje são: crianças do sexo masculino predominam entre os autistas, filhos de pai ou mãe mais velhos e uma série de alterações em vários genes.
Para conhecer melhor essa interação, um grande estudo populacional está em curso na Califórnia, nos Estados Unidos.

Um grupo de mais de 400 crianças, com idades entre 2 e 5 anos e com diagnóstico de autismo clássico, manifestações leves e crianças normais foi analisado.

Os cientistas mediram os níveis de mercúrio no sangue dessas crianças para descobrir se existe associação entre esse metal e o autismo. As fontes possíveis de mercúrio são várias, mas as mais importantes são o consumo de peixe, a presença de obturações dentárias à base de amálgama e as vacinas e medicamentos de uso comum contendo timerosal.

Como a maior fonte de mercúrio é o consumo de peixes como atum e outros peixes de oceano, o consumo de peixes pelas crianças foi alvo de um análise específica.

Após dosarem os níveis de mercúrio no sangue das crianças, uma primeira conclusão foi possível. Não existe diferença entre os níveis de mercúrio no organismo das crianças autistas quando comparadas com as crianças normais.

Vacina absolvida outra vez

A aplicação de vacinas contendo timerosal, como agente preservante, não modificava esses resultados, não havendo relação entre sua aplicação e os níveis de mercúrio no organismo das crianças autistas e normais.

As crianças com autismo apresentaram um padrão de consumo de peixe menor do que a média do grupo das crianças normais. Esse dado foi atribuído a reações ao sabor e odor do peixe como componente da dieta.

A pesquisa ("Blood Mercury Concentrations in CHARGE Study - Children with and without Autism") continua e está sendo realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Ambiental do governo norte-americano.

O papel do fator genético está sendo mais conhecido a partir dos estudos do genoma humano e os cientistas avaliam a força da interação entre a genética e os fatores ambientais no aparecimento do autismo.

 

 


Autor: Luis Fernando Correia
Fonte: G1 - Ciência e Saúde

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