O laboratório CDB (Centro de Diagnósticos Brasil) foi condenado em primeira instância a pagar R$ 7.000 a uma cliente por danos morais por ter errado seu diagnóstico. A vendedora Adriana Visani, 43, fez um ultrassom em fevereiro no local.
Do laudo do resultado constava que ela tinha vesícula em condições normais -só que ela havia sido submetida a uma cirurgia para a retirada do órgão em novembro de 2006. "Tomei um belo susto. Fiquei em pânico. Eu tinha feito aquela cirurgia toda três anos antes e eles me disseram que a vesícula ainda estava lá", conta ela.
Adriana diz que pediu ao laboratório para ser atendida com urgência, mas eles adiaram o encontro. Refez o exame em outro laboratório e percebeu que havia sido um erro. Nesse período, chegou a ser internada no Hospital Santa Catarina para fazer um eletrocardiograma, pois teve uma crise de taquicardia.
"Ela ficou achando que o médico tinha tirado outro órgão que não a vesícula. Depois que ele garantiu que a operação tinha sido bem-sucedida, ela viu que era erro do laboratório, mas aí ficou pensando se todos os exames anteriores que havia feito lá estavam errados também", afirma Paulo Rossi, advogado que cuida do caso.
Rossi afirma que, ao tentar um acordo extrajudicial com o advogado do laboratório, ele lhe disse que era um erro de digitação ao qual o laboratório estava sujeito, devido ao uso dos comandos "control+C e control+V" (para copiar e colar texto no computador) na criação dos laudos.
O CDB não informou se vai recorrer da ação. Em nota, afirmou que aguarda o término do processo para se pronunciar.