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Saúde atende só o básico
 
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03/11/2009

Saúde atende só o básico

Especialidades médicas, exames e internações são buscados em cidades vizinhas

Quem depende da rede pública de saúde em Abadiânia é bem recebido e atendido pela equipe dos postos locais. Mas isso é tudo que se pode esperar disso na cidade. Se o paciente precisar de especialistas e exames buscar outras cidades como Anápolis, Goiânia e Brasília. Para agravar a situação, os servidores estão com salários atrasados e até quem não é contratado pelo município - como o Sistema Móvel de Urgência (Samu) - mas depende da prefeitura para o repasse da verba federal destinada ao pagamento de salários e despesas com a unidade, fica com o dinheiro retido.

O aposentado Manoel dos Santos elogia o atendimento de pron-to-socorro, mas diz que quando precisa de algum médico especialista tem de sair da cidade. "Tenho de ir até Goiânia para fazer meu tratamento de reumatismo, porque aqui não tem como", desabafa. O posto de saúde central, que funciona 24 horas por dia, conta apenas com clínica geral, pediatria e ginecologia.

"A estrutura é boa, mas falta material", revela o servidor de uma das três unidades de saúde da cidade, que prefere não se identificar. "Quem fala é demitido. E se não podem demitir, transferem para longe, como ocorreu com uma professora que denunciou ao Ministério Público os constantes atrasos nas folhas de pagamento", desabafa.

Já os servidores do Samu estão com três meses de atraso nos salários e também, para manutenção da ambulância com materiais básico como álcool, máscaras, luvas e gase. Muitas vezes têm de recorrer à ajuda dos hospitais de Anápolis.

INVESTIMENTO

Segundo a secretária de Saúde, Miraíde Moreira, um hospital está sendo construído. A estrutura já foi erguida e coberta, faltam os acabamentos e equipamento. "O problema é que o município não tem apoio do governo do Estado nem da União para concluir as obras", reclama. O novo prédio tem capacidade para 48 leitos.

"Temos aqui o problema da população flutuante, que não mora na cidade mas acaba sendo atendido aqui. "Só na Barragem Corumbá 4 são cerca de 800 pessoas por semana. Além disso, centenas de pessoas vêm em busca de auxílio na Casa Dom Inácio, do João de Deus, buscando cura para doenças, e em muitas situações, acabam vindo parar na rede pública de saúde", relata a Secretária.

Ela cita o caso de 87 pessoas com deficiência que vieram de outras cidades e que solicitaram cadeiras de rodas. "Conseguimos atender porque a Vila São Cotolengo, em Trindade (GO), nos cedeu, mas recebemos uma série de demandas como fraldas descartáveis, sondas, seringas e rampas de acesso", reclama.

Com o hospital, será necessário um efetivo maior de médicos, enfermeiros e técnicos. Atualmente, a rede conta com onze médicos, seis enfermeiros, 23 auxiliares de enfermagem, seis auxiliares de consultório dentário. No posto de saúde central há quatro leitos de internação, mas o prazo máximo que o paciente fica internado é de 24 horas. Caso o internado precise ficar mais tempo, é encaminhado para Anápolis.

O enfermeiro Célio Rodrigues Arantes, coordenador dos Programas Saúde da Família (PSFs) e do posto de saúde central, argumenta que o Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece 100% de cobertura e que fica difícil administrar todos os gastos com o que é repassado. Segundo ele, muitas vezes falta alguns medicamentos tidos como prioritários pelo Ministério da Saúde, como remédios para hipertensão e diabetes.

 


Autor: Imprensa
Fonte: Jornal de Brasília

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