A proibição do fumo em lugares públicos levou a uma redução importante da exposição passiva à fumaça do tabaco nos Estados Unidos, principalmente entre crianças e adolescentes, cujo fumo passivo representa um risco real. Um estudo do Centers for Disease Control and Prevention indica que os níveis séricos de cotinina – subproduto do metabolismo da nicotina – são maiores entre crianças com relato de exposição domiciliar passiva à fumaça do tabaco em comparação àquelas não-expostas, apresentando riscos para essas crianças.

Os pesquisadores avaliaram a exposição passiva à fumaça do tabaco entre mais de 5,5 mil crianças (três a 11 anos) e adolescentes (12 a 19 anos) não-fumantes através da medida sérica dos níveis de cotinina, para comparar aqueles que foram expostos em casa àqueles que não foram expostos à fumaça do tabaco.

Publicados na edição de novembro da revista Pediatrics, os resultados indicaram uma média dos níveis séricos de cotinina de 1,05ng/mL entre aqueles com exposição domiciliar e de 0,05ng/mL naqueles não-expostos. Entre as crianças que foram expostas em casa, os níveis de cotinina estiveram inversamente associados com a idade e foram semelhantes entre as crianças brancas e negras não-hispânicas.

Segundo os autores, de forma inversa, entre as crianças sem exposição domiciliar, os níveis de cotinina foram mais elevados entre as crianças negras não-hispânicas, comparadas com crianças brancas não-hispânicas, não estando relacionadas com a idade. E as crianças descendentes de mexicanos apresentaram os níveis mais baixos de exposição passiva à fumaça do tabaco.

Fonte: Pediatrics. Volume 124, Number 5, Nov 2009. Pages 1299-1305