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Inclusão: pessoas com autismo no ensino superior
 
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01/04/2021

Inclusão: pessoas com autismo no ensino superior

2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, pensar nessas pessoas e refletir sobre como podemos contribuir para a inclusão é primordial

De acordo com o censo de 2010, aproximadamente 23,9% da população brasileira têm algum tipo de deficiência – visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Ainda não existem estudos que quantifiquem quantas pessoas com autismo há no Brasil. Porém, um estudo realizado pelo CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, estima que a cada 110 pessoas, uma tenha autismo, ou seja, o Brasil com seus mais de 200 milhões de habitantes, provavelmente tenha pelo menos 2 milhões de autistas. 

Mesmo que hoje em dia o debate sobre deficiência tenha avançado, o preconceito ainda é muito grande. Foi neste sentido que surgiu o termo capacitismo, que dá nome a situações de discriminação que pessoas com deficiência enfrentam diariamente. Tais como: ser parabenizado muitas vezes como se tivesse feito algo extraordinário, duvidar que possa fazer alguma coisa, ter algumas ações tidas como "milagres", perguntarem se você não irá fazer algum tratamento para ser "normal", ouvir que conseguiu superar a deficiência, etc.  

Estes são alguns exemplos de frases capacitistas. Portanto, a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido, e não como diversidade, valorização e respeito à diferença. Tendo isso em vista, a Faculdade Senac Porto Alegre criou o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) em 2015, que segundo a coordenadora Luziane Carvalho tem como objetivo "efetivar a inclusão no Ensino Superior, através da busca conceitual, política e prática pelo acesso, permanência e qualidade em todos os níveis, espaços e cotidianos da Faculdade Senac.".  

A coordenadora complementa “Para dar o maior suporte, reorganizar a rotina desses alunos e, controlar a ansiedade, o NAI realiza a sensibilização com os professores, bem como acompanhamento periódico, caso os docentes necessitem de apoio com materiais e didáticas de aula, adequações nas aulas e atividades, acontecimento de monitorias acadêmicas especializadas remotas, pós turno de aula, com uma frequência maior que o normal, realizamos vídeos explicativos, chamadas de vídeos, e conversas em plataformas online.” 
 
Atualmente, a Faculdade possui 8 alunos com Transtornos do Espectro Autista. A existência de uma rotina é crucial na vida de um autista. Então, com o isolamento social, as mudanças causadas pela crise sanitária da COVID-19 e a imprevisibilidade do futuro fez com que as pessoas com autismo tivessem mais dificuldades para se adaptar à nova realidade, principalmente às aulas remotas. "Alunos com autismo são, por natureza, muito ansiosos e agitados. Imagina fazer eles assistirem aulas remotas de 2h ou 3h, parados, escutando colegas falarem, sem vê-los pessoalmente", esclarece Luziane Carvalho.  

Para o aluno Isaac Branco que está cursando o 3° semestre do curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Faculdade Senac Porto Alegre e tem autismo, as aulas remotas tem sido um desafio. "Eu não gosto do online porque tira a graça da interação do aluno com o professor." Embora não goste muito, ele segue estudando e fazendo suas aulas. Isac acredita que ter espaços para falar mais sobre o assunto poderiam acelerar o processo de construção de uma sociedade mais inclusiva. "Ninguém fala sobre autismo porque ninguém estuda o suficiente ou não precisa argumentar sobre o quão longe um autista pode ir". Esta é mais uma ideia reforçada pelo capacitismo, que pessoas com deficiência não conseguem fazer algumas atividades, como um ensino superior, no entanto quando os seus nomes são chamados nas salas de aulas eles estão lá para dizer: "presente". 


Autor: Rafaela Pereira - Usina de Notícias
Fonte: Assessoria de Comunicação Fecomércio-RS
Autor da Foto: Divulgação

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