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Técnica cirúrgica contra diabetes tipo 2 pode ser proibida
 
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10/11/2009

Técnica cirúrgica contra diabetes tipo 2 pode ser proibida

CNS entrou com uma representação no MPF pedindo providências

A técnica cirúrgica desenvolvida pelo médico Áureo Ludovico de Paula e anunciada como esperança de cura para o diabetes tipo 2 corre o risco ser proibida no País. O Conselho Nacional de Saúde (CNS), que considera a prática ilegal e tem recebido notificações de pacientes que tiveram sequelas graves após a operação, entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo providências.

Chamada de interposição do íleo, a técnica consiste em deslocar uma porção da parte final do intestino delgado - de onde são secretados hormônios que estimulam a ação da insulina no pâncreas - para a parte superior, próxima ao estômago. Supostamente, a mudança ajudaria o paciente a perder peso e diminuiria a resistência à insulina, eliminando a necessidade de remédios contra a diabetes.

Embora a cirurgia não tenha sido regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nem sua eficácia cientificamente comprovada, mais de 400 pessoas já foram operadas por De Paula, entre elas o apresentador Fausto Silva e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

No início do ano, a família de uma das pacientes procurou o CNS para denunciar o médico. Conforme publicado na edição mais recente da revista Época, Daliana Camargo, de 31 anos, desenvolveu após a cirurgia uma fístula no estômago que a impede de se alimentar, pois a comida vaza para fora do órgão, podendo causar infecção. Ela sobrevive graças a uma sonda colocada no nariz que leva uma preparação proteica diretamente ao intestino. Daliana não era portadora de diabetes e teria feito a cirurgia para emagrecer, sob recomendação do médico.

“A mãe de Daliana nos procurou e contou que pediu auxílio a De Paula, mas ele teria dito que se tratava de uma complicação normal da cirurgia bariátrica e que pouco poderia fazer”, conta o presidente do CNS, Francisco Batista Júnior. “A família disse ainda que Daliana pensava ter sido submetida à cirurgia bariátrica convencional e que, somente após as complicações, descobriu que se tratava de uma técnica experimental.” Segundo Batista Júnior, o CNS tem recebido relatos de outras cirurgias mal-sucedidas desde que o caso ganhou publicidade.

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) divulga em seu site o alerta de que se trata de uma técnica experimental, que vem sendo aplicada sem observar as normas brasileiras para pesquisas envolvendo seres humanos. Afirma ainda não compactuar “com o sensacionalismo na divulgação de tal prática, que fere o sigilo profissional e a ética médica”. Alertas semelhantes já foram feitos pelo Cremego em 2005 e 2007. Procurado pela reportagem, De Paula não quis se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 


Autor: Agência Estado
Fonte: Abril.com

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