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Risco de depressão em pacientes com AVC é mais de 200% acima média
 
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12/11/2009

Risco de depressão em pacientes com AVC é mais de 200% acima média

Pessoas que sofrem um acidente vascular cerebral (AVC), o popular “derrame”, têm mais que o dobro de propensão de desenvolver quadros depressivos

Pessoas que sofrem um acidente vascular cerebral (AVC), o popular “derrame”, têm mais que o dobro de propensão de desenvolver quadros depressivos. “A incidêndia de depressão na população em geral gira em torno de 10% a 14%, enquando nos pacientes com histórico de AVC pode chegar aos 34%”, aponta Paula Fernandes, psicóloga da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. O quadro depressivo contribui para o aumento do tempo de internação desses pacientes.

Dependendo da extensão, do local do cérebro e do tempo que a pessoa levou para ser tratada, os déficits causados pelo AVC podem incluir problemas motores, na percepção, problemas de visão, linguagem oral e escrita e até mesmo na deglutição (dificuldade de engolir alimentos e líquidos). Além disso, o AVC contribui negativamente na cognição: a memória, capacidade de atenção, concentração e organização e planejamento de ações ficam comprometidas.

Mudança radical e repentina

“Os pacientes, de uma hora para outra, se vêm em uma situação onde a restrição física, funcional e de comunicação afeta suas vidas de uma forma que eles não estavam preparados. Muitos passam a depender de outras pessoas, os chamados cuidadores, para quase tudo”, explica Paula, que também é pesquisadora do projeto CInAPCe (Cooperação Interinstitucional de Apoio a Pesquisas sobre o Cérebro) da FAPESP. Um círculo de amizades restrito e a falta de suporte externo podem contribuir para casos mais graves de depressão.

Essas limitações contribuem para o comprometimento da sua sociabilidade e mudam radicalmente os relacionamentos. “A depressão normalmente se instala logo após o diagnóstico e a confirmação que a situação não será passageira, mas dependerá de um longo tratamento de reabilitação. Esse quadro só se inverte quando o paciente começa a perceber a volta dos movimentos, por exemplo”, diz a especialista. No caso de prejuízos cognitivos, o tratamento se torna mais difícil pois pode não haver uma recuperação sensível.

Tratamento integral

Por conta dessa amplitude de problemas que o AVC pode gerar é necessário que haja um tratamento integrado, explica Paula. Além da fisioterapia, profissionais de fonoaudiologia, e do acompanhamento médico, é necessário o acompanhamento psicoterápico tanto da pessoa que sofreu o AVC, quanto dos cuidadores.

“Os cuidadores, que muitas vezes são os familiares próximos como filhos ou cônjuges, normalmente acabam enfrentando uma situação de estresse, com preocupações constantes e dúvidas que os acompanham o tempo todo: é uma situação bastante delicada”, afirma Paula. “Os profissionais de saúde, especialmente os psicólogos, têm que acompanhar paciente e família para que o AVC não seja ainda mais traumático, atingindo outras pessoas e impactando a qualidade de vida de todos os que estão envolvidos com o problema”, completa.

Para Paula é fundamental possibilitar que o paciente volte a viver. Proporcionar novas atividades que sejam agradáveis e compatíveis com a nova situação, aumentar a interação social de formas diversas e, no caso dos cuidadores, ser informado sobre que atitudes tomar enquanto durar a nova situação é imprescindível para diminuir a ansiedade e proteger contra a depressão.

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Autor: Enio Rodrigo
Fonte: O que eu tenho?

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