Na semana passada, duas das maiores fabricantes mundiais de medicamentos juntaram suas divisões que produziam medicamentos para a Aids em uma única empresa para focar na doença.
A nova empresa, ViiV Healthcare, inicialmente terá 85% de seu controle nas mãos da GlaxoSmithKline e 15% da Pfizer. Com sede em Londres, a empresa inicialmente tem um portfólio de 10 drogas licenciadas, incluindo alguma das mais antigas, como o AZT e a lamivudine, e das mais recentes, como maraviroc, com vendas combinadas de cerca de US$ 2,7 bilhões em 2008. Ela também tem projetos para a produção de vários outros medicamentos.
As empresas afirmam que tentaram desenvolver novas drogas e fórmulas a partir das existentes, como doses para crianças. A ViiV Healthcare também irá buscar parcerias com outras empresas para desenvolver coquetéis multidrogas.
Algumas pessoas da área ficaram contentes. Dr. Jorge Bermudez, secretário executivo da Unitaid, uma agência baseada em Genebra que compra medicamentos contra a Aids para os pobres, rapidamente convidou a ViiV para se unir ao seu "pool de patentes" de medicamentos para que eles possam ser feitos genericamente.
Porém, Mark Harrington, diretor executivo do Treatment Action Group e ativista, estava cético. Harrington disse estar preocupado. Segundo ele, separar os trabalhos de Aids das maiores empresas poderiam resultar, por exemplo, em pouco dinheiro para um grande teste clínico. As fusões da última década significaram menos cientistas designados à pesquisa da Aids.
"Adoraríamos estar enganados", disse ele, "mas estamos preocupados que menos empresas na área possam significar uma inovação mais lenta".
Tradução: Gabriela d'Avila