Os pacientes com síndrome metabólica – conjunto de fatores de risco cardiovascular – têm pelo menos duas vezes maior risco de doença cardiovascular em comparação com aqueles pacientes sem a condição. E, segundo novo estudo grego publicado no American Journal of Epidemiology, entre as gestantes, a síndrome pode estar associada a um maior risco de ter o bebê prematuramente.
A síndrome é constituída de pelo menos três dentre os cinco itens abaixo:
• Circunferência da cintura > 94cm nos homens e > 80cm nas mulheres
• Triglicérides > 150 mg/dl
• Níveis de HDL-colesterol (o chamado "bom colesterol") <40 mg/dl nos homens ou <50 mg/dl nas mulheres
• Pressão arterial maior do que 130/80 mm Hg
• Glicose em jejum elevada > 100 mg/dL (5.6 mmol/L), ou diabetes tipo 2 previamente diagnosticado
No estudo, os pesquisadores avaliaram a associação entre a síndrome metabólica no início da gravidez (média 11,96 semanas) e o risco de parto precoce no estudo Rhea, realizado em Creta entre 2007 e 2009. Foram colhidas amostras de sangue em jejum de 265 mães e a pressão arterial foi medida por ocasião da realização do primeiro exame de ultrassom.
De acordo com os pesquisadores, os resultados indicaram que as mulheres com síndrome metabólica estavam sob maior risco de parto precoce (pré-termo). Entre os componentes da síndrome, o fator de risco mais importante foi a hipertensão arterial – um aumento de 10 mmHg na pressão arterial diastólica ocasionou um aumento de 29% no risco de parto precoce. Além disso, diminuição no aumento do peso fetal esteve associada com uma elevação nos níveis de insulina e a pressão arterial diastólica no início da gravidez.
Fonte: American Journal of Epidemiology. Volume 170, Number 7, Aug 2009. Pages 829-836