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A cognição e o início dos sintomas entre os pacientes com esquizofrenia
 
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20/11/2009

A cognição e o início dos sintomas entre os pacientes com esquizofrenia

Dados recentes de uma meta-análise

Um grupo de pesquisadores canadenses divulgou, recentemente, os resultados de uma meta-análise a respeito da diferença dos sintomas cognitivos entre os pacientes cuja doença se iniciou na infância ou na idade adulta.

As conclusões foram extraídas a partir do cruzamento das informações de dois bancos de dados finlandeses sobre gestações e internações psiquiátricas. A pesquisa foi realizada através dos estudos publicados na literatura nos últimos 28 anos e foi publicado, recentemente, no British Journal of Psychiatry.

De acordo com o Dr. Rajji (do Departmento de Psiquiatria da University of Toronto, do Geriatric Mental Health Program e do Centre for Addiction and Mental Health de Toronto, no Canadá) e seus colaboradores, “os déficits cognitivos representam o principal problema para os pacientes com esquizofrenia; possuem um grande valor preditivo funcional e são considerados um alvo terapêutico potencial para o tratamento destes pacientes”.

Sendo assim, os autores tinham como objetivo avaliar os efeitos cognitivos nestes pacientes, e comparar se a idade de início poderia ou não interferir na magnitude destas alterações. Segundo os pesquisadores, “ao caracterizar as relações entre a idade de início e os déficits cognitivos irá abordar o processo desta doença a partir de uma perspectiva cognitiva, com diferentes níveis de gravidade”.

Os pesquisadores realizaram um levantamento de todos os estudo publicados em vários bancos de dados (EMBASE, MEDLINE e PsycINFO) no período entre 1980 e 2008. Os estudos selecionados necessariamente tinham que ter trabalhado com um grupo controle, deveriam ter analisado separadamente os pacientes com esquizofrenia e tinham que diferenciar os pacientes de acordo com a idade de início dos sintomas.

Os dados descritivos e cognitivos foram extraídos e 22 medidas de cognição foram avaliadas entre os três grupos de pacientes (esquizofrênicos de início precoce, de início tardio e controles). Ao todo foram 109 estudos selecionados, totalizando 5010 pacientes com esquizofrenia.

Os indivíduos que haviam apresentado seu primeiro episódio de esquizofrenia na juventude apresentavam os maiores déficits cognitivos em quase todas as medidas de cognição. Entre elas, destaque para as habilidades aritméticas, funções executivas, quociente de inteligência (QI), velocidade psicomotora de processamento e memória verbal.

Por outro lado, os pacientes que apresentavam a doença com início mais tardio apresentavam déficits mínimos nas habilidades aritméticas e vocabulário, mas dificuldades maiores na atenção, na fluência, no QI e na construção viso espacial.

De acordo com os pesquisadores, os pacientes mais jovens que apresentam os primeiros sintomas de esquizofrenia têm déficits cognitivos mais graves do que aqueles que desenvolvem a doença mais tardiamente, cujas funções cognitivas são relativamente mais preservadas.

Além disso, os déficits observados entre aqueles mais velhos sugerem que as alterações cognitivas são especificas deste transtorno psiquiátrico, e não um resultado natural, atribuível apenas ao processo de envelhecimento.

Conflito de interesses: os autores declararam não possuírem conflito de interesses.
 

 


Autor:
Fonte: MedCenter MeScape

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