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Exercício pode reverter alteração cardíaca em filho de diabético
 
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23/11/2009

Exercício pode reverter alteração cardíaca em filho de diabético

Os mecanismos que levam os exercícios a anular esses fatores ainda não são bem estabelecidos

Algumas pesquisas têm mostrado que filhos de diabéticos do tipo 2 têm alterações na modulação autonômica do coração, que podem favorecer o aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca e até mesmo a manifestação da doença em algum momento da vida.

Um estudo realizado pela Universidade São Judas Tadeu e pelo InCor (Instituto do Coração) e apresentado no congresso da American Heart Association, em Orlando (EUA), mostra que exercícios físicos regulares podem reverter essa predisposição genética.

Os pesquisadores avaliaram 31 pacientes de 18 a 35 anos divididos em quatro grupos: sedentários e fisicamente ativos que eram filhos de diabéticos e sedentários e fisicamente ativos filhos de não diabéticos.

Na primeira fase, foi analisado o sistema cardiovascular entre sedentários descendentes ou não de diabéticos do tipo 2. Foi observada uma diferença significativa na modulação autonômica do coração entre os dois grupos. A modulação é realizada pelo sistema nervoso autônomo, responsável por regular as funções cardiovasculares.

"Recentemente, estudos têm apontado que a disfunção da modulação autonômica cardíaca tem papel importante no aparecimento da doença. Partindo dessa hipótese, analisamos o impacto dos exercícios em filhos de diabéticos", diz Michelle Sartori, pesquisadora principal, da São Judas.

Após avaliar os quatro grupos, observou-se que os filhos de diabéticos que praticam atividade física (aeróbicas e de resistência, como musculação) têm características de modulação semelhantes aos grupos sem predisposição genética. Foram analisadas a frequência cardíaca, que foi menor nos descendentes ativos, e a variância da frequência dos batimentos --maior nesse grupo.

"O sistema autônomo controla coração e vasos. A disfunção prejudica o controle da circulação [pressão arterial] e da própria atividade cardíaca. Quanto mais consegue variar a frequência mediante alterações no sistema cardiovascular, mais rapidamente o coração consegue anular essas alterações. Isso está relacionado com redução de mortalidade", explica a cardiologista Maria Cláudia Irogoyen, da Unidade de Hipertensão do InCor.

Os mecanismos que levam os exercícios a anular esses fatores ainda não são bem estabelecidos. "O que vemos é que quem treina tem aumento na participação parassimpática [protetora do sistema cardiovascular] e redução da simpática [que eleva fatores de risco]. Por isso, têm menor pressão arterial", acrescenta Sartori.

A segunda fase da pesquisa, com 54 pacientes, avalia o impacto de uma única sessão de 30 minutos de atividade física aeróbica em pessoas que não fazem exercícios.

Dados preliminares mostram que os sedentários filhos de diabéticos que fizeram os exercícios apresentam melhora nos fatores cardíacos e valores semelhantes aos de sedentários sem histórico familiar.


Autor: Julliane Silveira
Fonte: Folha online

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