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Tristeza quase sem explicação
 
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23/11/2009

Tristeza quase sem explicação

Depressão pós-parto, que atinge 12% das mulheres, pode ser evitada

Um dos acontecimentos mais importantes e significativos na vida de uma mulher é o nascimento de um filho. Durante a gestação, a mãe passa por diversas modificações no corpo, o que inclui alterações hormonais, fisiológicas, sociais e até familiares. Dependendo do conjunto de problemas que a mulher enfrenta durante a gestação -como falta de apoio, gravidez in-desejada e outros -, ela pode sofrer uma depressão pós-parto. É algo que pode ser evitado, ou contornado. Existem, inclusive, dicas de psicólogos e especialistas da área de neonatologia para uma gravidez sem riscos futuros.

A psicóloga Helena Moraes ressalta que, de acordo com dados científicos mundiais, a incidência da depressão após o parto é de 12%, que é considerado um número elevado. "A depressão pode acontecer durante o primeiro ano de vida do bebê, mas geralmente aparece com 40 dias após o nascimento", explica. A médica ressalta que a depressão não deve ser confundida com o conhecido baby blues - a fase quando a mulher, por volta do terceiro dia após o parto, fica melancólica. Essa tristeza atinge cerca de 40% das novas mães. "É aquele choro fácil, sem motivo, que some com três semanas", diz Moraes.

Um dos fatores que pode influenciar o surgimento de uma depressão pós-parto é a gravidez in-desejada. Segundo Renato Miranda, psicólogo, a mulher passa a remeter uma visão de autoimagem e tenta se imaginar como é ser mãe. "Com a gravidez, os planos de uma mulher mudam. A rotina de vida, questão financeira, variação de humor. O que ela precisa durante e depois da gestação é de auxílio, tanto do parceiro quanto da família", explica Miranda. No entanto, é preciso tomar cuidados pois atenção demais pode prejudicar em certos casos.

MUDANÇAS SOCIAIS

Não faz muito tempo que criar um filho era a maior função social feminina. "Hoje papel da mulher mudou. Além de cuidar dos filhos e da casa, ela ainda tem que pensar na questão profissional. Se não tiver o suporte de outra pessoa, a depressão pode aparecer", ressalta Miranda.

Por isso, é importante que as mulheres tenham um acompanhamento interdiciplinar, ou seja, de nutricionista, de psicólogo, de ginecologista e outros. Mas não é o que acontece. De acordo com a professora de Medicina da Universidade de Brasília Rosana Maria Tris-tão, a média brasileira de visitas ao médico é de uma, onde deveria ser, pelo menos, de oito consultas durante a gestação.

Exemplo de perseverança

Glaucijane Duarte Santana, 30 anos, é enfermeira e mãe de Ian, de três meses. Quando grávida, mesmo com acompanhamento médico, teve diversos problemas que poderiam ter acarretado em uma depressão pós-parto. "Na gestação, comecei a sentir dores uterinas. Quando fiz exames, um dos gêmeos estava com descolamento de placenta", lembra Glaucijane. Na 10a semana, ela estava com infecção urinária e com muitas dores. Foi quando soube que tinha perdido um dos gêmeos.

O outro filho se desenvolveu normalmente. Com cinco meses de gestação, a enfermeira começou a sentir dores na região do flanco direito, e descobriu que tinha cisto no ovário do mesmo lado. "Logo depois que fiz o parto cesariano, fiz outra cirurgia, onde retiraram o meu ovário", conta. Ela ainda agradece o apoio familiar que foi fundamental para mudanças de hábitos, como ter uma alimentação saudável.

Helena Moraes, psicóloga, destaca que o ciúmes também aparece. Quando grávida, a mulher sempre é o centro das atenções. Depois é o bebê. "É importante o apoio familiar, do companheiro e também do profissional de saúde que atende a mãe e o bebê. Ela precisa de colo tanto quanto a criança", completa.

Mulheres grávidas podem participar de cursos onde são abordadas a importância de como se preparar para o parto. São palestras ministradas por médicos especialistas. No Hospital Santa Lúcia, haverá na próxima semana um ciclo de palestras para gestante. Serão no auditório do hospital de 24 a 26 deste mês, das 8h as 12h30. As inscrições são gratuitas e limitadas, e podem ser feitas no 3445-0378. Para atendimento psicológico: 8558-7979 (Renato Miranda).


Autor: Bruna Torres
Fonte: Jornal de Brasília

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