
Aquele sinal no rosto ou uma mancha no corpo muitas vezes passam despercebidos, mas podem ser os primeiros indícios de câncer de pele, o tipo mais comum no Brasil. Para ajudar a identificar essas ocorrências, nada melhor do que orientar as pessoas que atuam no setor de estética e beleza para que fiquem atentas às alterações observadas na pele de seus clientes. "Esses profissionais podem ajudar muito na detecção precoce do câncer de pele e se transformarem em promotores de saúde", afirma o cirurgião de pele da Oncoclínicas no RS e diretor médico da DermaOnco, Dr. Ronaldo Oliveira. Por isso, no dia 20 de novembro, às 9h, será realizada a primeira edição do workshop gratuito Um olhar que salva – sinais de câncer de pele, promovido pela DermaOnco, clínica especializada em cirurgia da pele e oncologia cutânea, em parceria com a Oncoclínicas RS.
O evento, que acontece no auditório do prédio The Place (Rua Tobias da Silva, 126, bairro Moinhos do Vento), é destinado aos profissionais do segmento e tem vagas limitadas. As pessoas geralmente frequentam muito mais os salões de beleza e estética do que os consultórios. Logo, é importante orientar os profissionais para que possam colaborar na detecção precoce, ajudando a salvar vidas", destaca o especialista. A ideia é realizar posteriormente novas edições do workshop para compartilhar informações com o maior número de pessoas possível.
No Brasil, o número de casos novos do câncer de pele não melanoma estimados para cada ano do triênio de 2023 a 2025 é de 220.490. Isso corresponde a 101,95 por 100 mil habitantes, sendo 101.920 em homens e 118.570 em mulheres. Na região Sul, é o mais incidente entre homens, com estimativa de 135,86 casos por 100 mil. Quanto às mulheres, é o tipo de câncer mais incidente em todas as regiões brasileiras, com previsão de risco de 164,79 por 100 mil habitantes.
Sinais
O oncologista Dr. Rodrigo Perez Pereira, da Oncoclínicas no RS, alerta que a incidência de câncer de pele nos Estados Unidos tem aumentado; por exemplo, o melanoma cutâneo passará a ser o segundo tipo de tumor mais comum, tanto em homens como em mulheres, até 2040. "Ainda fazemos poucos diagnósticos e quando os casos chegam ao consultório, infelizmente já são estão mais avançados". Por isso, as recomendações para prevenção incluem o uso de filtro solar e chapéu, mesmo quando não há sol, e consultas periódicas, de preferência com um dermatologista.
O câncer de pele tem altos índices de cura se detectado precocemente e pode surgir em qualquer parte do corpo, na forma de manchas, pintas ou sinais. Ao primeiro sinal de mudança nessas pintas ou sangramento, é preciso consultar logo um especialista. O diagnóstico é realizado através de exame clínico em consultório ou com o auxílio de exames complementares para a visualização das diferentes camadas da pele, além da realização de uma biópsia. Para o tratamento, é muito importante que o especialista avalie o estágio da doença; porém, na maioria dos casos, a cirurgia é suficiente.
As alterações das manchas escurecidas ou pintas podem ser classificadas no sistema "ABCDE", ou seja, Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro e Evolução:
? Assimetria: quando uma metade da lesão não é igual a outra metade;
? Bordas: quando a mancha, sinal ou pinta possui um contorno irregular;
? Cor: caso a lesão tenha cores diferentes, entre vermelho, marrom, cinza e preto;
? Diâmetro: quando a lesão apresenta um diâmetro maior do que 6 mm;
? Evolução: caso a lesão tenha mudanças rápidas e recentes em suas características ao longo do tempo, como tamanho, forma e cor.
As Inscrições para o workshop podem ser feitas deste link.