A Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu nesta quinta-feira (3) não há qualquer tipo de conflito de interesses entre a entidade e as indústrias farmacêuticas com as quais colabora na luta contra a nova gripe.
A agência sanitária das Nações Unidas distribuiu comunicado no qual especifica que a direção da entidade sabe das especulações publicadas na imprensa sobre laços entre a indústria farmacêutica e os especialistas da OMS. A organização explica que "colaborou historicamente com a indústria farmacêutica por razões legítimas".
"Os esforços para melhorar a saúde dependem de um melhor acesso a remédios, vacinas e antivirais de alta qualidade. A indústria farmacêutica tem papel essencial nesse processo, e a OMS se comprometeu com eles para buscar seus objetivos", especifica o comunicado.
O texto explica que há procedimentos de controle que supervisionam eventuais conflitos de interesses entre uma indústria que busca lucro e uma agência humanitária, e assume que "são inerentes".
Honorários
"Existem procedimentos para identificar, investigar e avaliar potenciais conflitos de interesses e tomar decisões adequadas para evitá-los, e a OMS pode chegar até excluir um especialista de uma reunião", segundo o comunicado.
Além disso, a organização lembra que todos os especialistas que a assessoram assinam um documento de confidencialidade e aceitam colaborar sem receber honorários.
A OMS "entende" as dúvidas da imprensa, mas nega que estas tenham base, e assegura que os questionamentos apareceram após as medidas tomadas para lutar contra o vírus da nova gripe.
O organismo explica que o alarme (considerado exagerado por parte da imprensa) surgiu quando houve notícias da existência de um novo vírus, ao temer que o A (H1N1) pudesse ser tão letal como o H5N1, que matou mais de 60% das pessoas que infectou.