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Aids nas classes altas
 
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05/12/2009

Aids nas classes altas

Diferentemente do que ocorre no restante do Brasil, onde os portadores do vírus HIV são de camadas mais pobres, em Brasília doença aumenta entre os abastados

Nos primeiros seis meses do ano, pelo menos 43 pessoas morreram em decorrência da Aids no DFl. No mesmo período, outras 77 receberam o diagnóstico de HIV positivo. A incidência da doença nas classes mais altas contraria a tendência nacional e intriga a Secretaria de Saúde. Os dados fazem parte de um levantamento parcial divulgado ontem pelo órgão. O Boletim Epidemiológico de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids de 2009 informa que desde 2003 os registros de Aids vêm caindo. Entre 2007 e 2008, no entanto, o coeficiente de mortalidade para cada 100 mil habitantes aumentou de 4,1 para 4,2. Houve 101 mortes em 2007 e, no ano seguinte, 107.

Ainda em 2007, 294 pessoas tiveram a enfermidade detectada em hospitais da cidade. Nos 12 meses seguintes, 248 receberam o resultado positivo para o teste de HIV. "A Aids não tem cura. Por isso os casos recentes são muito significativos", alerta a chefe da Gerência de DST/Aids da Secretaria de Saúde, Diva Castelo Branco.

Atualmente, existem 3.260 portadores de HIV em tratamento no DF. Desse total, 20% são originários do Entorno. Mas é em cidades de classe média e média alta que a proporção cresce. Os lugares onde a incidência média é mais alta para cada 100 mil habitantes são: Asa Norte, Cruzeiro, Guará, Asa Sul e Lago Norte. "No restante do Brasil, os pobres são mais afetados. Causa estranhamento que em Brasília as pessoas com mais acesso à saúde e informação não se previnam como deveriam", relata Diva.

De janeiro a 25 de junho deste ano, há maior frequência de novos casos nas faixas etárias de 30 a 34 anos (12 registros) e de 35 a 39 (15). "Essas pessoas descobriram acima dos 30, mas foram infectadas, provavelmente, na faixa dos 20 e poucos anos. Isso traça um perfil de jovens mais vulneráveis ao vírus", analisa Diva. O levantamento também separa os portadores de HIV por orientação sexual. Em 2008, no sexo masculino, 44% dos casos foram transmitidos em relações homo ou bissexuais e 34% em contatos heterossexuais. Entre as mulheres, a principal categoria de exposição é a heterossexual, correspondente a 80%. Desde 2007, o DF não registra casos de transmissão vertical, ou seja, quando a mãe passa o vírus para o filho.

Outras doenças

A secretaria recebeu notificação de 245 casos de sífilis adquirida este ano. O HPV também é preocupante: 890 novos diagnósticos. Em 2009, 19 crianças nasceram infectadas por esse mal. De acordo com o levantamento, a sífilis congênita, que ocorre em consequência da sífilis adquirida não tratada em gestantes, permanece como um sério problema de saúde pública no DF. A incidência indica falhas no Programa DST e no pré-natal.

A meta é manter a prevalência da sífilis congênita inferior a 1 caso por mil nascidos vivos. Esse número tem se mantido em 1,5 por mil nascidos vivos.

O número

3.260

Número de portadores do HIV em tratamento no DF. Desse total, apenas 20% são do Entorno

 

 

 


Autor: Leilane Menezes
Fonte: Correio Braziliense

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