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Características globais da esquizofrenia
 
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15/12/2009

Características globais da esquizofrenia

Desfechos são impressionantemente similares

Um estudo internacional sobre esquizofrenia evidencia similaridades impressionantes nos sintomas, medicações, emprego e problemas sexuais em 37 países.

O estudo observacional de 3 anos incluiu 17.384 pacientes que estavam iniciando o uso ou trocando sua medicação antipsicótica. Os resultados mostraram que os participantes apresentavam em média 38 anos de idade e 57% eram do sexo masculino.

A duração média da doença era de 7 anos, e 1 em cada 10 estava recebendo medicações antipsicóticas pela primeira vez.

Em média, apenas 19% estavam em um emprego remunerado, 69% viviam em habitações dependentes e 62% reportaram sofrer problemas sexuais no mês anterior.

“Embora tenha havido algumas variações regionais e nacionais, no total o estudo forneceu um padrão global, impressionantemente similar em relação à saúde principal, medicação e fatores socioeconômicos”, o pesquisador principal, Jamie Karangianis, médico, da Eli Lilly Canada Inc, em Toronto, Ontario, afirmou em uma declaração.

“Isso nos permitiu a construção de um valioso panorama internacional da demografia e do tratamento da esquizofrenia em 10 países europeus e 27 países do da Ásia Oriental, América Latina, norte da África e do Oriente Médio”, complementou ele.

O estudo está publicado na edição de novembro do International Journal of Clinical Practice e foi patrocinado pela Eli Lilly Canada Inc.

Debate em andamento

Segundo o trabalho, a maioria dos dados do ensaio randomizado controlado sobre esquizofrenia são baseados em pacientes norte-americanos, que contam por apenas 2% da população esquizofrênica global.

Além disso, o Dr. Karangianis apontou que existe um debate em andamento sobre se os países desenvolvidos e em desenvolvimento evidenciam desfechos diferentes e observaram que 21 dos 37 países incluídos no estudo são emergentes ou em desenvolvimento.

O objetivo da enquete foi avaliar os custos e desfechos do uso de antipsicóticos em pacientes ambulatoriais que iniciaram o uso ou mudaram o medicamento, com ênfase na olanzapina, comparada a outras medicações antipsicóticas.

As principais medidas de desfecho do estudo incluíram escores de gravidade do Clinical Global Impression–Schizophrenia (CGI-SCH), uso de medicação psicotrópica, eventos adversos, interação social, estado habitacional e profissional, auto-percepção do estado de saúde e razões para iniciar o uso ou para trocar as medicações antipsicóticas.

Os pacientes foram avaliados no início e aos 3, 6, 18, 24 e 36 meses. Todos os médicos que participaram do estudo estavam livres para determinar o tipo de tratamento que seus pacientes receberiam, e nenhum medicamento foi fornecido pelo patrocinador do estudo.

Resultados principais

O estudo evidenciou:

* 25,7% dos participantes do estudo faziam uso de mais de 1 antipsicótico e 73,6% recebiam prescrições concomitantes de medicamentos, incluindo anticolinérgicos, antidepressivos, ansiolíticos ou hipnóticos ou estabilizadores do humor;
* 10% estavam usando antipsicóticos pela primeira vez;
* As principais razões para mudança da medicação foram as mesmas em todas as regiões pesquisadas, com dois terços dos pesquisadores citando a falta de efetividade, seguida por intolerância, solicitação do paciente e adesão incompleta à medicação;
* Apenas mais de 34% dos pacientes foram admitidos em uma instalação ambulatorial devido à sua esquizofrenia nos últimos 6 meses. Com exceção da região latino-americana (40,8%), todas as outras mostraram taxas semelhantes, variando de 31,2% a 36,3%.
* 61,5% dos participantes reportaram disfunção sexual, com a exceção dos pacientes situados na Ásia Oriental (33,5%); as outras regiões reportaram níveis semelhantes, variando de 57,9% a 67%.
* Os escores do CGI-SCH foram impressionantemente similares, com uma média global de 4,4 e os escores regionais variando de 3,9 a 4,7. A média do escore positivo foi de 3,9; a do negativo de 4,0; o escore depressivo, 3,4; e o escore cognitivo, 3,7.
* 25,8% dos pacientes já tinham tentado suicídio, com escores regionais variando de 21,7% a 30,1%.
* O estado de emprego remunerado foi semelhante, com uma média de 19% e variando de 16,2% a 22,6%; e
* 32,1% dos participantes encontravam-se em um relacionamento, variando de 25,1% a 38,6% em 5 das 6 regiões. As pessoas na Ásia Oriental apresentaram probabilidade muito mais alta de estarem em um relacionamento do que em qualquer outro lugar (47,4%).

Os autores do estudo Karagianis, Novick, Dossenbach, Treuer, Montegomery, Walton e Lowry são empregados da Eli Lilly. Os Drs. Dossenbach e Karagianis são acionistas da Eli Lilly. O Dr. Haro alega ter recebido compensações por sua participação no European Union Schizophrenia Outpatient Health Outcomes Advisory Board. O Dr. Pecenak é membro das juntas de palestras/conselhos da Eli Lilly, Astra Zeneca, Servier e Janssen Cilag.

Int J Clin Pract. 2009;63:1578-1588.

Informações sobre a autora: Caroline Cassels é chefe de reportagem da Medscape Psychiatry. Jornalista médica e da área de saúde há 20 anos, ela escreveu extensivamente para o público médico e consumidor geral. Ela ajudou a lançar e foi editora da Health Digest, uma premiada publicação canadense destinada a consumidores da área de saúde. Carolina também foi editora nacional do web site canadense Heart & Stroke Foundation antes de se juntar à Medscape Neurology & Neurosurgery em 2005 e venceu o American Academy of Neurology Journalism Fellowship Award de 2008.


Autor: Caroline Cassels
Fonte: MedCenter MedScape

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