Pesquisadores da Universidade de Boston, nos EUA, descobriram que o hormônio que controla o nosso apetite – chamado leptina – pode cumprir um papel significativo na doença de Alzheimer. Em estudo de 12 anos com 200 voluntários, eles observaram que aqueles que apresentavam menores níveis de leptina corriam maiores riscos de desenvolver a doença neurodegenerativa – no estudo, um quarto daqueles com menores níveis do hormônio desenvolveram Alzheimer, contra apenas 6% daqueles com maiores níveis de leptina.
Produzido por células de gordura, o hormônio sinaliza ao cérebro que o organismo está saciado, reduzindo o apetite. Há crescente evidência de que ele também beneficia a função cerebral, e o novo estudo traz esperanças de que a leptina possa ser usada, eventualmente, como um marcador e um tratamento para a doença de Alzheimer e outras demências. “Se nossas descobertas forem confirmadas, os níveis de leptina em idosos podem servir como um dos diversos biomarcadores de envelhecimento cerebral saudável e, mais importante, pode abrir novos caminhos para possíveis intervenções preventivas e terapêuticas”, concluíram os autores da pesquisa.