A prevalência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) entre as adolescentes é substancial, e essas doenças começam a ser adquiridas logo após o início da vida sexual e mesmo com poucos parceiros, segundo estudo publicado na edição de dezembro da revista médica Pediatrics. De acordo com os autores, "estes achados apoiam uma educação sexual precoce e sensibilizante, vacinação de rotina contra o HPV aos 11 ou 12 anos de idade, e rastreamento de C. trachomatis daquelas com vida sexual ativa".

Pesquisadores americanos estimaram a prevalência das DSTs mais comuns em uma amostra de 838 adolescentes norte-americanas com idades entre 14 e 19 anos que participaram da pesquisa National Health and Nutrition Examination Survey 2003–2004. Após entrevista e exame físico, os pesquisadores coletaram amostras biológicas das participantes para exames laboratoriais. Foi avaliada a prevalência de, pelo menos, uma de cinco DSTs: Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Trichomonas vaginalis, herpes simplex tipo 2 e HPV.

As análises mostraram que a prevalência de DSTs seria de 24,1% entre todas as participantes, e 37,7% entre as adolescentes que já haviam tido uma experiência sexual. A prevalência de qualquer DST foi de 25,6% entre aquelas cuja idade era a mesma ou um ano maior do que a idade em que iniciaram a vida sexual, e de 19,7% entre aquelas que relataram ter tido apenas um parceiro sexual. E a doença mais comum entre as adolescentes foi a infecção pelo HPV (qualquer um dos 23 tipos de alto risco ou seis ou 11) – prevalência de 18,3% –, seguida pela infecção por Chlamydia trachomatis – prevalência de 3,9%.

Fonte: Pediatrics. Volume 124, Number 6, Dec 2009. Pages 1505-1512