A Comissão de Saúde Suplementar recém ativada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) teve sua primeira reunião na última quinta-feira (17), em Brasília. O grupo pontuou um cronograma de trabalho e decidiu convocar representantes estaduais para o próximo encontro.

Para o coordenador e 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, os médicos precisam articular o movimento nacional em busca de um honorário justo. “O que observamos em vários estados são paralisações dos atendimentos pelos planos de saúde”. Tibiriçá, afirmou que serão convidados todas as associações médicas, Conselhos e Sindicatos para retomada das estratégias de ação.

Durante a reunião, a Comissão comparou o reajuste dos planos de saúde com o dos honorários de médicos nos últimos dez anos. Os planos de saúde aumentaram 131,19%, enquanto os honorários de médicos foram reajustados em 60%. Já a inflação do período foi de 89,18%.

Um caso avaliado foi o Distrito Federal onde os pediatras pediram descredenciamento dos planos. O ex-presidente da Sociedade de Pediatria de Brasília, Dennis Burns, enalteceu que o movimento seria apenas o início de uma grande manifestação nacional.

Foram também deliberados a relação com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em função da Troca Informações em Saúde Suplementar (TISS). O papel da ANS de mediação da relação das operadoras médicas também foi pautado.

Os assuntos serão levados para mesas de fóruns e do Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), previsto para julho de 2010. A proposta é que as três entidades nacionais – CFM, AMB e FENAM – possam aprofundar na discussão e deliberar ações pelo país.

A Comissão é formada pelo CFM, AMB e FENAM. Compõem: Aloísio Tibiriçá (CFM), Celso Murad (CFM), Paulo Ernesto de Oliveira (CFM), Waldir Cardoso (CFM), Márcio Bichara (FENAM), Florisval Meinão (AMB), Isaias Levy (CRM-RS), Márcia Rosa (CRM-RJ), Josélia Lima (CFM-DF) e Dennis Burns (Sociedade Brasileira de Pediatria).