Um estudo publicado este mês na revista especializada Lupus indica que baixos níveis de vitamina D é comum em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico – doença inflamatória autoimune do tecido conjuntivo. Segundo pesquisadores canadenses, esses níveis sub-ótimos da vitamina estão relacionados à estação, exposição cumulativa aos glicocorticóides e com a creatinina sérica.

A pesquisa avaliou o nível de vitamina D e sua relação com a doença, o tratamento e a densidade mineral óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico. Participaram 124 mulheres com lúpus não-grávidas que foram submetidas à dosagem de vitamina D e absormetria com raio-X de dupla energia entre 1 de maio de 2005 e 31 de agosto de 2006.

Foi utilizado o menor score-T obtido durante as avaliações de absormetria, e, em mulheres após a menopausa, um desvio >1 no score-T foi considerado normal; entre -1,0 e -2,5, osteopenia; e < 2,5, osteoporose. Nas mulheres na pré-menopausa, um desvio no score-T > 2,5 foi considerado normal e um desvio < 2,5 foi considerado com redução da densidade óssea. O nível de 25-hidroxivitamina D < 80nmol/L foi definido como sub-ótimo e < 40nmol/L como deficiência.

As análises mostraram que, em 66,7% o nível de 25-hidroxivitamina D revelou-se sub-ótimo, e deficiente em 17,9%. Não foi observada relação entre as características da doença e o nível de vitamina D na análise univariada. A densidade mineral óssea não esteve associada com a 25-hidroxivitamina D e nem com a 1,25-diidroxivitamina D. A análise multivariada identificou uma associação entre a estação, exposição cumulativa aos glicocorticóides e a creatinina sérica e os níveis de 25-hidroxivitamina D, enquanto a etnia, exposição aos glicocorticóides e a creatinina sérica estiveram associados com os níveis de 1,25-diidroxivitamina D.

Fonte: Lupus. Volume 19, Number 1, 1 Jan 2010. Pages 13-19