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Crise econômica mundial
 
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24/01/2009

Crise econômica mundial

Investimentos na área da saúde são comprometidos pacientes acabam saindo prejudicados

Desde o seu início, no último trimestre de 2008, a crise financeira que se alastra pelo mundo mostra suas garras e começa a refletir na área da saúde, com redução do crédito, aumento dos preços com manutenção e remédios, além do alto custo dos exames. Segundo o Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguros, que também é superintendente médico de uma grande operadora de saúde, Dr. Henrique Oti Shinomata, a crise já pode ser sentida em todos os setores da economia, principalmente na saúde suplementar.

A oscilação cambial é a primeira preocupação dos investidores da área. Como boa parte dos insumos e medicamentos são provenientes do exterior, a desvalorização do real soa como um alarme do encarecimento da assistência médica. Preocupado com a desaceleração econômica, o Banco Central já investiu U$$ 35 bilhões, na tentativa de suprir a escassez do crédito.
 
“Muitos planos de saúde já começaram a repassar esse aumento no custo aos consumidores, que contarão com assistência médica menos efetiva. No caso das empresas, o RH já sente o aumento das despesas no setor, que chegará a 10% em 2009. Ressalto a necessidade de se fazer uma boa avaliação da necessidade do aumento dos preços, afinal, quando o dólar estava cotado a R$1,65, não houve um barateamento dos planos”, afirma o especialista.
 
Apesar da desaceleração do crescimento, Dr. Henrique acredita que ainda é possível ser otimista, mesmo neste quadro econômico: “O Brasil e a China, países que estavam em franca aceleração do crescimento, sentirão os impactos da crise em um grau inferior aos norte-americanos e os países europeus. Após o primeiro trimestre de 2009, a perspectiva é boa e eles voltarão a investir”.
 
No momento, o especialista reforça a importância de se mudar os modelos já estabelecidos de saúde. Para ele, o primeiro ponto é a mudança de foco dos valores, que deve passar do cuidado com a doença para o cuidado com a saúde. “Esse é um modelo pró-ativo, baseado no sistema de cuidados, com programas de prevenção personalizados, detecção precoce de doenças, tratamentos e gerenciamento de casos crônicos, como doenças coronárias, pulmonares, diabetes, e câncer, que foca os gastos no setor com mais eficiência”, ressalta.
 
Em um cenário de crise, investir bem é o primeiro passo. Pesquisas recentes, segundo Dr. Henrique, demonstram que grande porcentagem dos casos de doenças poderiam ser prevenidas antes mesmo da doença se manifestar, muitos apenas com uma mudança de comportamento, baseado em dietas, exercícios, combate ao estresse e abstinência do fumo.
 
Exemplos desse novo modelo, onde os custos com a saúde são bem direcionados, são os “Hospitais-Dia”, que já começam a ser implantados na saúde. Nesses hospitais, são realizadas apenas cirurgias de pequeno e médio porte, para que, em menos de 24h, o paciente possa estar em casa, junto à família, sem ocupar leitos em hospitais. Outro exemplo importante está no glicosimetro, distribuído por algumas operadoras de saúde, a pacientes com diabetes. No caso, cada paciente tem o seu e aprende a usá-lo em casa, deslocando-se menos até um hospital.
 
Dessa forma, deve-se pensar cada vez mais gerenciar os gastos e os custos com a saúde de forma eficiente. Principalmente nesse momento de crise, os investimentos não podem perder o foco. Com grande necessidade de mudança, o setor deve sofrer os impactos da crise, porém, deve se preocupar em melhorar cada vez mais, a fim de atender a população em sua necessidade mais gritante: a saúde.
 
Formado em Medicina pela Universidade Santa Casa de São Paulo, Dr. Henrique possui MBA Executivo Internacional em Ohio (EUA). É mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sua tese baseou-se no tema: “Retorno sobre o investimento de um programa de atenção domiciliar em uma seguradora especializada em saúde”.

Autor: Lívia Esteves
Fonte: Tudo em Pauta

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