Um estudo realizado pela Universidade de Buffalo, nos EUA, indica que há um crescimento significativo do consumo de cafeína entre crianças e adolescentes, e que os meninos parecem gostar mais de cafeína do que as meninas. A pesquisa com jovens de oito a 12 anos de idade indicou um considerável aumento no consumo de café nessa faixa etária e uma diferença de gênero em relação à preferência e aos efeitos da cafeína.
“Temos muitas crianças que estão bebendo não apenas refrigerantes, mas café”, destacou a neurobióloga Jennifer Temple, pesquisadora principal do estudo. “Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo a mostrar uma diferença de gênero no reforço do valor do refrigerante cafeinado. Esses dados sugerem que os garotos podem ser mais suscetíveis aos efeitos da cafeína”, concluíram os autores.
No estudo, os meninos pareceram trabalhar com mais disposição e por mais tempo em um exercício no computador para obter bebidas cafeinadas. Segundo os autores, isso pode ocorrer devido a diferenças hormonais no momento do teste – apesar de esses parâmetros não terem sido avaliados –, ou devido à possibilidade de que as meninas sejam menos sensíveis aos efeitos da cafeína. Porém, mais estudos são necessários para confirmação