A perda de peso extrema é comum em mulheres com hiperêmese gravídica – vômito excessivo durante a gestação –, sugerindo que a condição seja uma forma de jejum prolongado na gravidez, e que os efeitos em longo prazo sobre a mulher e seus filhos devem ser investigados. Essas foram as conclusões de um estudo recentemente publicado no Journal of Women’s Health.

Pesquisadores dos EUA avaliaram os dados de um registro virtual de hiperêmese gravídica. Entre aquelas que responderam, foram incluídas caso tenham tido um bebê vivo após 27 semanas de gestação. A perda extrema de peso foi definida como mais de 15% do peso antes da gravidez, com o critério incluindo 214 mulheres.

A perda de peso extrema (p<0,001) esteve associada com indicadores de gravidade da hiperêmese gravídica, incluindo internação e uso de nutrição parenteral, e com diversos sintomas durante a gravidez, como disfunção hepática e da vesícula biliar, insuficiência renal e hemorragia retiniana.

Entre todas as mulheres pesquisadas, 22% relataram terem sintomas durante toda a gestação. Para algumas mulheres, os sintomas permaneceram após o parto e incluíram aversões alimentares, dores musculares, náuseas e stress pós-traumático. Aproximadamente 16% dos bebês nasceram prematuramente, e 8% tiveram peso menor que 2.500g. Entre as mulheres com extrema perda de peso, 9,3% relataram transtornos do comportamento em seus filhos.

Fonte: J Women's Health. Volume 18, Number 12, 1 Jan 2010. Pages 1981-1987