Entre os dias 1 e 3 de fevereiro, especialistas de 11 países reuniram-se em São Paulo para discutir um dos pontos mais polêmicos da Declaração de Helsinki: o uso de placebo nas pesquisas médicas.

O evento foi aberto pelo presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, na tarde de segunda-feira. “Estamos profundamente honrados em sediar este evento que será um marco na história da pesquisa”. Ele citou ainda uma frase de Iank Coble para ilustrar o espírito do encontro. “Medicina é cuidado amalgamado com ética”.

Dana Hanson, presidente da Associação Médica Mundial, e Ramin Parsa-Parsi, chefe do grupo de trabalho sobre placebo, também deram as boas-vindas aos participantes.
Na primeira tarde, o evento foi dividido em: introdução, que envolveu as regulações atuais, objetivos e estrutura da conferência; conhecimento científico sobre placebo, seus efeitos e modos de operação; argumentos metodológicos e os riscos.

O segundo dia foi aberto com as apresentações sobre contexto dos recursos e declarações dos representantes das organizações internacionais como Council of Europe, Council for International Organizations of Medical Sciences, Food and Drug Administration, Organização Mundial da Saúde, Federal Institute for Drugs and Medical Devices, European Medicines Agency, European Comission e Good Clinical Practice Alliance.

À tarde, os presentes foram divididos em quatro grupos de oito pessoas que discutiram os seguintes temas: metodologia, risco e danos, contexto dos recursos e considerações especiais para consentimento informado.

No último dia, cada grupo apresentou o que foi discutido e o debate foi aberto os presentes na sala. O material apresentado na conferência servirá como embasamento para o grupo de trabalho da WMA propor um documento informativo ou resolução que possa ser implementada pelos países que fazem parte da Associação.