Práticas de tratamento na atenção primária (PCP) são necessários para a abrodagem da obesidade extrema. O estudo LOSS (Louisiana Obese Subjects Study) avaliou se essas práticas poderiam ser efetivamente implantadas para perda de peso em indivíduos com IMC entre 40 e 60.

Foram avaliados 597 voluntários randomizados para intervenção médica intensiva (IMI, n=200) ou tratamento em condições usuais (UCC, n=190). O grupo UCC obteve instruções para manutenção de peso pela internet. O grupo IMI recebeu as recomendações e uma dieta líquida com 900 Kcal por 12 semanas ou menos, aconselhamento comportamental, estruturação de dieta e opção de medicamentos (sibutramina, Orlistat ou dietilpropiona) durante 3 a 7 meses e manutenção da medicação por 8 a 24 meses. A idade média dos participantes foi de 47 anos, 83% mulheres e 75% brancos.

Após 2 anos os resultados foram: 31% daqueles no grupo IMI alcançaram uma perda de peso >5%, e 7% obtiveram uma perda >20%. No grupo UCC 9% perderam >5% e 1% perdeu >20% de peso. Foi observada uma perda de peso de -4,9%+0,8% no grupo IMI e de -0,2%+0,3%. Os 101 participantes no grupo IMI perderam -9,7%+1,3%, enquanto aqueles no grupo UCC perderam -0,4%+0,7% (p<0,001). Diversos parâmetros metabólicos apresentaram melhora.

Portanto, o estudo concluiu que práticas na atenção básica podem iniciar de maneira efetiva o tratamento da obesidade.

Fonte: Arch Intern Med. Volume 170, Number 2, 25 Jan 2010. Pages 146-154.