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Número de doadores de órgãos aumenta 26% no Brasil
 
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23/02/2010

Número de doadores de órgãos aumenta 26% no Brasil

É o que mostra um levantamento inédito da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos)

As informações são repassadas à associação por equipes e centrais estaduais de transplantes de todo o país.

De acordo com os resultados, o número de doadores no ano passado foi de 8,7 por milhão de população (pmp) --no ano anterior foi de 7,2 pmp. O dado é o maior já obtido no país. É, também, superior à meta estabelecida para 2009, que era de 8,5 pmp. Em números absolutos, o aumento foi de 1.317 doações para 1.658 (25,89%).

Segundo a ABTO, a quantidade de transplantes realizados cresceu e as metas para transplantes de rim e de fígado também foram superadas.

A taxa de efetivação -o número de doações em relação aos potenciais doadores no período- também cresceu: foi de 22% para 25,5%. O dado mostra quantas doações são efetivadas em relação ao total de pacientes que estavam aptos a doar no período.

"Esses pacientes podem não se transformar em doadores por vários motivos: a família pode não autorizar, o coração pode parar antes de completar o processo de retirada dos órgãos, a pessoa pode ter uma determinada condição de saúde que impeça a doação", enumera o médico Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO.

O aumento na taxa de efetivação, de 16%, foi considerado muito significativo pelo médico. "É um crescimento extremamente representativo, muito maior do que esperávamos. Nos anos anteriores, esse número vinha se mantendo em 22%." Ele atribui o crescimento ao trabalho educacional de diversas instituições que lidam com transplantes no Brasil.

O dado, porém, ainda está distante do objetivo da associação, que quer chegar a 40%. Segundo Ferraz Neto, um dos problemas do país nesse sentido são as diferenças regionais. "O processo que envolve o transplante, desde o momento do atendimento da pessoa na emergência até o diagnóstico e a manutenção dos órgãos, depende da infraestrutura de atendimento em saúde de cada região, e isso é muito variável entre os diferentes Estados do país", completa.

Segundo o levantamento da ABTO, as regiões Norte e Centro-Oeste têm taxas muito baixas de doadores. Dos sete Estados da região Norte, somente o Acre e o Pará utilizam doadores mortos, por exemplo.

Mesmo Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia tiveram taxas de doação muito baixas e não atingiram as metas propostas pela associação. Ainda não há dados sobre a situação das filas de transplante no país no ano passado.

Fígado e rim

Assim como em anos anteriores, os órgãos mais transplantados em 2009 foram fígado e rim. São órgãos que suportam melhor as condições adversas e têm um tempo mais longo de preservação nas soluções conservantes.

O diretor de arte Marcos Pedroso, 45, descobriu, aos 43 anos, que estava com o fígado totalmente danificado. Uma hepatite C, provavelmente contraída na adolescência, havia prejudicado vagarosamente o órgão sem que ele sentisse nada. "Os exames para hepatite C são bem recentes. Quando tomei conhecimento, meu fígado já estava totalmente detonado", conta.

Ele não precisou esperar muito por uma doação: em quatro meses, foi submetido ao transplante, no ano passado. A recuperação foi boa. "É um procedimento complexo, a gente passa por um período de recolhimento, mas foi incrível, não tive nenhuma rejeição. Hoje estou trabalhando e levo uma vida normal", comemora.


Autor: Flávia Mantovani
Fonte: Folha online

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