
Quando moradores de asilos com demência avançada são enviados ao hospital, muitos recebem tubos de alimentação, mesmo acreditando-se que a prática não os ajuda a viver mais. Agora, um novo estudo mostra que isso é muito mais comum em alguns hospitais do que em outros.
O estudo, publicado na edição de 10 de fevereiro do "The Journal of the American Medical Association", analisou mais de 250 mil admissões de residentes de asilos em hospitais [nos Estados Unidos], de 2000 a 2007.
Alguns hospitais inseriram tubos de alimentação em um de cada 100 pacientes com demência avançada, outros em quase um para três.
Hospitais grandes e particulares tiveram maior tendência a inserir os tubos, assim como aqueles considerados agressivos no fornecimento de tratamentos a pacientes terminais.
As descobertas sugerem que tais decisões têm mais chances de ser baseadas em práticas hospitalares do que nos desejos de pacientes e suas famílias, segundo a principal autora, Joan M. Teno, professora de saúde pública da Escola de Medicina Warren Alpert, da Universidade Brown.
Sobre a ampla variação em práticas hospitalares, Teno afirmou: "É preciso perguntar: 'Existe um processo definido para descobrir e respeitar a escolha do paciente?' Precisamos fazer um trabalho melhor de informar membros da família a tomar uma decisão com base ou nos desejos prévios declarados pelo paciente, ou no que a família acredita que seu ente querido prefere".