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26/02/2010

ONU alerta

Abuso de medicamentos prescritos cresce e número de viciados supera o de usuário de drogas ilegais

Há exatamente 225 dias, um popstar saía para sempre de cena após abusar de remédios controlados. A morte de Michael Jackson colocou o problema das drogas prescritas na agenda internacional. O relatório da Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas, alerta para um fenômeno que tem sido cada vez mais comum em todo mundo. “As pessoas tendem a achar que o abuso de medicamentos prescritos é apenas um uso inadequado de substâncias para tratar problemas de saúde”, afirma o documento. “Mas esses incidentes são frequentemente resultado de um vício que pode ser tão letal como a dependência de heroína ou a cocaína”, acrescenta.

O mesmo relatório admite que “o Brasil fortaleceu medidas relacionadas ao descarte e ao controle de medicamentos contra a anorexia — que tem altos índices de consumo no país”. Segundo a Jife, a utilização exagerada de substâncias prescritas está em franca e rápida expansão em todo o mundo, e o número de viciados nessas substâncias já supera o de usuários de cocaína, heroína e ecstasy, combinados. Por outro lado, o Brasil registrou uma diminuição no consumo de medicamentos tarja-preta, que incluem os anorexígenos.

O psicofarmacologista Elisaldo Luiz de Araújo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma ao Correio que cerca de 13% da população brasileira já experimentou drogas ilícitas, enquanto 25% fizeram uso de drogas lícitas e solventes alguma vez na vida. “Estamos prestando muita atenção em drogas que não são tão utilizadas, e deixando de lado essas que são lícitas e têm uso ilícito, como os benzodiazepínicos e as anfetaminas, mais usadas por meninas e mulheres”, explica. De acordo com ele, os benzodiazepínicos tiram a ansiedade e o nervosismo. “Outro tipo de uso das anfetaminas visa combater o excesso de peso e são fruto de uma deturpação cultural”, acrescenta. Carlini, integrante da Jife até o ano passado, também alerta para a disseminação de energéticos entre os jovens e solventes.

Leia o relatório da Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife), em inglês
Ouça a entrevista com o psicofarmacologista Elisaldo Luiz de Araújo Carlini

O dossiê denuncia o aumento da apreensão de cocaína no Brasil (de 8,3t em 2001 para 19,7t em 2008) e a redução da produção da mesma droga na América do Sul — o plantio da folha de coca caiu 18% na Colômbia, o maior produtor mundial. Em todo o subcontinente, a queda foi de 8%, para 167 mil hectares. Por outro lado, o texto faz menção ao crescente número de laboratórios clandestinos no Brasil (principalmente de anfetaminas, metanfetaminas e comprimidos de ecstasy) e em outras nações do Cone Sul. A apreensão de maconha tornou-se mais frequente na Bolívia, Chile, Equador e Peru e diminuiu no Brasil e na Venezuela. Em 2008, as autoridades brasileiras apreenderam 187,1t toneladas da droga em 2009, contra 199t em 2008.

Sexo
Um fenômeno novo incomoda o organismo sediado em Viena. O uso de “drogas do estupro”, usadas para cometer crimes sexuais, está em forte ascensão. A substância aumenta o desejo sexual em níveis incontroláveis e o usuário pensa apenas em manter relações, com ou sem anuência do parceiro. “O fenômeno evolui rapidamente, enquanto os agressores tratam de se esquivar dos controles estritos utilizando substâncias não incluídas nas Convenções Internacionais”, afirma a Jife.


Autor: Imprensa
Fonte: CB

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