As taxas de derrame estão crescendo entre as pessoas jovens - um grupo que, tradicionalmente, não é considerado de alto risco para esta condição debilitante -, segundo estudo apresentado esta semana na Conferência Internacional sobre Derrame, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Cincinnati, um total de 7,3% das vítimas nos EUA tinha menos de 45 anos em 2005, comparado a uma taxa de 4,5% no ano de 1993. E essa tendência parece afetar outros países ocidentais, como o Brasil.
O crescimento das taxas de derrame entre os mais jovens e sua redução entre os idosos também são indicados, no estudo de 1,3 milhões de pessoas, pela redução da idade média dos pacientes que sofreram AVC - de 71 anos em 1993, para 68 anos em 2005. E o grande culpado, segundo os especialistas é o crescimento das taxas de obesidade, pressão alta e diabetes - principais fatores de risco para o derrame.
Os pesquisadores destacam, ainda, que as principais políticas de prevenção são direcionadas para os mais velhos; e que aqueles com menos de 45 anos, normalmente, ignoram os riscos, adotando um estilo de vida não saudável, e não fazendo exames regularmente. “Se não revertermos essa tendência, haverá muitos anos de vida produtiva perdidos. Não apenas anos perdidos de trabalho; mas também pode ser tão simples como uma jovem mãe não ser mais capaz de segurar seu bebê”, alerta o pesquisador Brett M. Kissela.