Estudo recente alerta para o perigo do uso de antipsicóticos para pessoas com o Mal de Alzheimer.
Estudo de Ballard et al., publicado em fevereiro de 2009, na revista científica “The Lancet Neurology”, informou dados preocupantes em relação ao uso de antipsicóticos em pessoas com o Mal de Alzheimer. Segundo os autores, o risco de mortalidade em pessoas que fazem uso dessas medicações jamais havia sido estudado.
No estudo, foram avaliadas 293 pessoas em longo prazo. Destas, 165 pessoas já tomavam antipsicóticos e 128 estavam iniciando o tratamento. Das 165 pessoas que já tomavam antipsicóticos, 83 continuaram a tomar e 82 passaram a tomar placebo. Das 128 pessoas que estavam iniciando o tratamento, 64 tomaram antipsicóticos e 64 tomaram placebo.
A partir de 12 meses de avaliação, o risco de mortalidade aumentou entre 5 e 8% para as pessoas que continuaram a tomar medicação em relação às que tomaram placebo. Contudo, as razões para o aumento da mortalidade não foram claras o suficiente para conclusões definitivas. O estudo reconhece que poucos casos foram analizados. No entanto, o estudo afirma que há uma necessidade de buscar alternativas menos prejudiciais para o tratamento em longo prazo de sintomas do Mal de Alzheimer e de outras doenças neuropsiquiátricas.
Referência:
BALLARD, C. et al. The dementia antipsychotic withdrawal trial (DART-AD): long-term follow-up of a randomised placebo-controlled trial. The Lancet Neurology, v. 8, n. 2, p. 151-157, fev. 2009.