O sexo feminino é mais atingido que o masculino na proposição de 7 para 1, em nosso meio. O hipotireoidismo atinge de 2 a 5 % da população adulta e está se convertendo na doença prevalente das disfunções. Caracterizam-no aumento de peso, pele seca, depressão, alterações menstruais, unhas quebradiças, sensação de frio, entre outros sintomas.
Distúrbio de fabricação de hormônios produzidos pela tireóide, são conhecidos como hipotireoidismo ou hipertireodismo. A Glândula Tireóide, glândula de secreção interna, produz hormônios tireoidianos, que vão exercer sua ação nas células da periferia. Quando há excesso em circulação o quadro clínico é denominado de hipertireoidismo; quando há falta o mesmo se designa de hipotireoidismo.
Já o hipertireoidismo, menos frequente, se caracteriza por emagrecimento, tremores, sudorese aumentada e por vezes, sinais oculares. O diagnóstico é feito por avaliação clínica e por dosagens periféricas dos hormônios tireoidianos, dosagem de anticorpos e do hormônio tireoestimulante hipofisário.
Para o Prof. Dr. Alberto Ferraz, cirurgião de cabeça e pescoço explica que a doença pode ser mais comum entre os brasileiros. “Precisamos mencionar que 4 a 7% da população brasileira apresenta nódulos na tireóide, mesmo sem quadro clínico de disfunção. Estes números tendem a crescer, a medida que se aperfeiçoam os meios diagnósticos. O tratamento do hipertireoidismo poderá ser cirúrgico, clínico ou com iodo radioativo. Todos eles tem seus defensores mas, a meu ver, o cirúrgico é o que apresenta melhores resultados a curto e longo prazos. O hipotireoidismo geralmente é de alçada clínica; será cirúrgico somente se a tireóide causar compressão de vias aero-digestivas. O mesmo é feito com hormônio tireoidiano administrado por via oral”, conta o Prof. Ferraz.
Quanto à detecção de nódulos na tireóide há inúmeros aspectos atuais a serem comentados: o emprego sistemático da ultrassonografia com Doppler, o emprego quase rotineiro da biópsia aspirativa por agulha fina, a utilização do Pet-Scan em casos selecionados. Feito no sentido de estabelecer diagnósticos que vão do benigno ao maligno, contemplando esses métodos um dos princípios básicos da medicina: a prevenção.
Nenhum exame deverá ser realizado sem que antes se proceda a uma consulta médica adequada. Recomenda-se uma dieta equilibrada em iodo, atividade física regular, ausência de stress, e consultas médicas periódicas, especialmente nas pessoas que tem, em seu histórico, antecedentes familiares de tireoidopatias.