Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado no periódico Journal of American Geriatrics Society procurou estabelecer a etiologia de surtos de hepatite B em duas clínicas de repouso e alertar sobre medidas de controle apropriadas. Foram avaliadas duas casas de repouso, com 6 profissionais de enfermagem, tendo a primeira com 120 habitantes (casa A) e a segunda com 105 (casa B). Na clínica de repouso A, foram confirmados 5 casos de infecção aguda, 2 prováveis casos de infecção aguda e 1 caso de infecção crônica pelo vírus B. Todos os casos identificados tinham diabetes mellitus. As sequências de DNA do vírus B dos casos crônicos e agudos eram idênticas. A transmissão foi associada à monitorização da glicemia capilar com fita (risco relativo: RR = 28,5; intervalo de confiança 95%: IC = 1,6-498; P <0,001) e a injeções de insulina (RR = 7,4; IC 95% = 1,3-40,8; P = 0,03). Na casa B, 7 dos 21 moradores (33,3%) que tiveram monitorização da glicemia capilar apresentaram evidência de infecção recente pelo vírus da hepatite B. Estes dados indicam que os profissionais da enfermagem provavelmente transmitiram a infecção durante a monitorização da glicemia capilar, causando os surtos. São necessárias medidas de controle para evitar a transmissão deste vírus altamente contagioso durante procedimentos.
Fonte: Journal of American Geriatrics Society, Volume 58, Issue 2, 2010, Pages 306-311.