.
 
 
Ressonância Magnética apresenta maior índice de detecção de segundo câncer de mama
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


11/03/2010

Ressonância Magnética apresenta maior índice de detecção de segundo câncer de mama

Pesquisadores descobriram que 3,8% das mulheres com câncer em apenas uma mama, diagnosticado em exames clínicos ou mamográficos, também tinham câncer na outra mama

Mulheres na pós-menopausa, incluindo aquelas com mais de 70 anos de idade, que tiveram câncer em uma das mamas diagnosticado recentemente, quando se submetem a exame de imagens por ressonância magnética (MRI) apresentam incidências mais altas de detecção de câncer na outra mama do que mulheres pré-menopausicas, dizem pesquisadores da Clínica Mayo em Jacksonville, Flórida.

Os pesquisadores descobriram também que 3,8% das 425 mulheres com câncer em apenas uma mama, diagnosticado em exames clínicos ou mamográficos, também tinham câncer na outra mama, detectado apenas por MRI - todas elas estavam na pós-menopausa. Para essas mulheres, detectar e tratar o câncer nas duas mamas ao mesmo tempo representa menores custos, menos estresse e, possivelmente, menor toxicidade, dizem os pesquisadores na edição de março/abril do The Breast Journal.

Os pesquisadores também observaram que as pacientes com mais de 70 anos apresentaram uma incidência mais alta de câncer na outra mama detectado por MRI do que as pacientes mais novas no estudo. Os exames de ressonância magnética detectaram o câncer na outra mama em 5,4% das 129 mulheres mais velhas incluídas no estudo.

"As mulheres em idade mais avançada, mas com boa saúde, certamente se beneficiam da detecção precoce do câncer. Assim, um exame de MRI na mama aparentemente sem câncer deve ser considerado por todas as mulheres na pós-menopausa, com câncer já diagnosticado em uma das mamas", afirma o médico Johnny Ray Bernard Jr., oncologista de radiação da Clínica Mayo de Jacksonville

Desde 2003, a Clínica Mayo de Jacksonville realiza exames de MRI das duas mamas em mulheres com câncer em uma das mamas. Nesse estudo, os pesquisadores da Mayo fizeram uma análise retrospectiva dos históricos médicos de 425 mulheres, que foram submetidas a exames bilaterais de ressonância das mamas, entre 2003 e 2007. O objetivo era determinar a prevalência de câncer "contralateral" detectado por IRM, mas não localizado por mamogramas ou exames clínicos das mamas. A mama contralateral é a oposta àquela em que o câncer foi detectado anteriormente.

Os médicos concluíram que o fato de a mulher estar na pós-menopausa era o único indicador estatisticamente significativo de câncer contralateral detectado por MRI. Em 72 das 425 mulheres, este exame detectou uma lesão suspeita. Biópsias subsequentes mostraram que 16 (22%) dessas 72 mulheres tinham câncer de mama contralateral (estágio 0-1) que não havia sido detectado por métodos típicos de exame. Das 16 mulheres com diagnóstico de câncer de mama contralateral, sete tinham mais de 70 anos.

Os pesquisadores desenvolveram o estudo porque não tinham conhecimento de qualquer estudo publicado na literatura médica, que tenha verificado o uso da ressonância magnética para exame de câncer de mama contralateral em mulheres com câncer de mama já diagnosticado, que tenha incluído uma análise de mulheres com mais de 70 anos.

Estudos têm mostrado que exames de MRI da mama apresentam uma taxa de detecção mais alta de câncer do que exames clínicos da mama e mamografias apenas, no caso de mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama, lembra Johnny Bernard Jr. Ele acrescenta que mulheres já diagnosticadas anteriormente com câncer de mama correm um risco de dois a seis vezes maior de desenvolver um câncer de mama contralateral secundário, em comparação com mulheres na faixa média de risco. "Portanto, a combinação de idade mais avançada com histórico pessoal de câncer de mama possivelmente torna as mulheres com mais de 70 anos, com câncer em uma das mamas já diagnosticado anteriormente, mais propensas a desenvolver um câncer de mama contralateral", ele afirma.

O pesquisador reconhece que o uso rotineiro de MRI da mama em todas as pacientes com um histórico de câncer de mama, em um diagnóstico inicial, é uma prática controvertida, tanto como seu uso em pacientes mais velhas. Mas, para ele, as descobertas desse estudo podem dar maior clareza ao debate, porque sugerem que pacientes na pós-menopausa apresentam uma prevalência maior de câncer de mama contralateral, que só é identificado por exames de MRI - e não por mamogramas ou exames físicos.

"Isso pode ter um impacto nos custos de tratamento de saúde, por se limitar os exames de ressonância magnética aos grupos mais propensos a apresentar taxas maiores de detecção, tais como as mulheres na pós-menopausa incluídas no estudo. E também pode reduzir custos ao se tratar o câncer nas duas mamas, ao mesmo tempo, em vez de se realizar tratamentos potencialmente caros e tóxicos por uma segunda vez - isto é, depois que o câncer de mama contralateral seja finalmente detectado por um mamograma ou exame físico", afirma o pesquisador.

Os pesquisadores declaram ainda que não deveria haver limitação de idade para o uso de exames de MRI nas pacientes de câncer de mama. "Nós sentimos, realmente, que o tempo de vida é subestimado para esse grupo de idade mais avançada", ele afirma.

Não houve nenhum investimento de terceiros neste estudo.


Autor: Imprensa
Fonte: Planeta Médico

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581