Pesquisadores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (MG) veicularam um importante estudo na Revista Brasileira de Enfermagem, analisando as características como sexo, idade e comorbidades em relação à ocorrência de amputações decorrentes do diabetes.
Segundo os pesquisadores, mais da metade das amputações não traumáticas ocorrem em pacientes diabéticos, sendo que em 85% dos casos o fato é precedido de úlceras nos pés. O denominado “pé diabético” pode evoluir, em muitos casos, a um estágio crônico, ocasionando uma lesão significativa que implica a amputação do órgão.
Dessa maneira, é de fundamental importância que as ciências médicas possuam um conjunto de saberes técnico-científicos para melhor diagnosticar os fatores que contribuem para a ocorrência destas complicações. Os autores pontuam que um correto manejo no cuidado com os pés de pacientes com diabetes pode reduzir em até 85% os casos de amputações.
No estudo, foram analisados os dados demográficos e clínicos de 141 sujeitos submetidos á cirurgia de amputação em decorrência do diabetes mellitus. Os resultados indicaram que a maioria dos pacientes (75%) esteve internada mais de uma vez antes do procedimento; do mesmo modo, verificou-se que a hipertensão arterial foi a doença concomitante mais frequente observada na amostra do estudo.
Em relação às demais variáveis, observou-se que homens representaram a maioria em relação aos casos de amputação, bem como sujeitos com 60 anos ou mais. O tempo de diagnóstico da doença situou-se no intervalo de 10 a 20 anos.
Assim, considerando o impacto do diabetes mellitus na saúde humana, os autores salientam a importância da adesão efetiva do paciente para com seu tratamento, de modo colaborativo entre as equipes de saúde e familiares.
Confira o artigo na íntegra aqui.
Referência
TAVARES, Darlene Mara dos Santos et al. Perfil de clientes submetidos a amputações relacionadas ao diabetes mellitus. Rev. bras. enferm., v. 62, n.6, p. 825-830, Dez. 2009.