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17/03/2010

Fumo de terceira mão também contém agentes cancerígenos, diz estudo

duos de cigarro não se assentam inertes em superfícies: podem reagir com o ácido nitroso, emitido por aparelhos a gás e veículos, e criar compostos cancerígenos

Qualquer pessoa que entrar na casa de um fumante pode observar que traços do uso de tabaco não desaparecem quando um cigarro ou charuto é apagado. Mas o que acontece com esse fumo de “terceira mão” quando o ar se limpa? – ele ainda pode ser nocivo?

Uma equipe de pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley descobriu que os resíduos de um cigarro não se assentam inertes em superfícies: eles podem reagir com um gás comum (o ácido nitroso, emitido por aparelhos a gás e veículos, entre outros) para criarem compostos cancerígenos conhecidos como nitrosaminas específicas do tabaco (TSNAs, na sigla em inglês). O grupo relatou as descobertas em um estudo publicado online em oito de fevereiro no Proceedings of the National Academy of Sciences.

Esses “TSNAs estão entre os carcinógenos mais potentes e de ação mais ampla presentes no tabaco não queimado e na fumaça do tabaco”, afirmou Hugo Destaillats, um químico do Departamento de Ambientes Internos do laboratório e co-autor do artigo.

O próprio fumo de segunda mão contém TSNAs, mas a presença de ácido nitroso em um ambiente pode aumentar o número dessas substâncias nas horas que se seguem ao ato de fumar. “Enquanto a fumaça de um cigarro contém pelo menos 100 nanogramas de TSNAs, nossos resultados indicam que várias centenas de nanogramas por metro quadrado de nitrosaminas podem ser formadas em superfícies caseiras na presença de ácido nitroso”, informou Mohamad Sleiman, autor líder do estudo e também do Berkeley Lab. E, posto que a nicotina pode ficar em superfícies por semanas e meses – mesmo em superfícies sólidas, como paredes e painéis de veículos – as descobertas mostram que essa forma de exposição pode ser ainda mais persistente do que o fumo de primeira e segunda mãos.

“Nossas descobertas indicam que o fumo de terceira mão representa um risco à saúde que não é reconhecido”, observou Sleiman. E o dano em potencial não vem apenas de inalar essas moléculas, mas também do contato direto com a pele e da ingestão acidental, notaram os autores, colocando em questão alguns pretensos benefícios de fumar fora de casa. “Fumar fora de casa é melhor do que fumar dentro de casa, mas os resíduos de nicotina se prenderão à pele e às roupas do fumante”, advertiu Lara Grundel, pesquisadora do laboratório e co-autora do estudo. “Esses resíduos seguem um fumante até dentro de casa e se espalham para todos os lados.”

O fumo de terceira mão é um conceito relativamente novo, mas, assim como outro vilão mais conhecido (o fumo de segunda mão), a população mais vulnerável é a de crianças. “A absorção da nicotina através da pele de uma criança é mais propensa a ocorrer quando o fumante retorna, e se houver ácido nitroso no ar, o que normalmente é o caso, então os TSNAs se formarão”, observou Gundel. Crianças pequenas têm maior tendência a consumir mais poeira – e, portanto, quaisquer TSNAs presentes – do que adultos, relatam eles.

Para erradicar o fumo de terceira mão, os autores recomendam que locais públicos sejam totalmente livres de cigarro e que os indivíduos evitem fumar em casa e em seus carros. Além disso, os pesquisadores sugerem que se troque a mobília, carpete e até o gesso da parede para reduzir a exposição aos TSNAs em espaços fechados, que receberam várias baforadas no decorrer dos anos.


Autor: Katherine Harmon
Fonte: Scientific American Brasil

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