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11/02/2009

Mais polícia, menos crime

Estudo conclui que presença de policiais reduz taxa de crimes

Mais polícia, menos crime!

Estudo a ser publicado na revista “International Review of Law and Economics”, efetuado pelo pesquisador Ming-Jen Lin, concluiu que a presença de mais policiais reduz a taxa de crimes. O estudo utilizou dados de 51 estados dos Estados Unidos, coletados entre o período de 1970 e 2000, referentes aos números de habitantes e de policiais; além dos crimes notificados nesse período ao FBI. As categorias analisadas de crimes foram: assassinato, crime violento, estupro, assalto, roubo, furto, crime de propriedade, apropriação e roubo de automóveis.
 
Similarmente ao Brasil, nos Estados Unidos, a polícia estatal é contratada pelo governo do estado com as responsabilidades principais de patrulha rodovia e segurança do público em geral. As polícias locais são administradas pelos governos locais e tratam dos problemas criminais do dia-a-dia.
 
Segundo o autor, foi observado que uma maior renda estatal gerou um maior número de policiais no período avaliado. O aumento de imposto de 1,0% sobre as transações comerciais redundou em 2,0% de aumento na renda estatal, como também em um aumento de 3,6% nas transferências de verbas aos governos locais, e entre 1,2 e 2,1% de aumento nos números de polícia locais.
 
O aumento dos policiais locais ocasionou um decréscimo significativo em vários tipos de crimes. Observou-se uma diminuição significativa nos seguintes crimes: assassinato, roubo, crime de propriedade, furto, apropriação e roubo de automóvel. Embora não tenha sido significativo, houve também uma diminuição do crime violento, estupro e assalto. Assim, o autor pôde concluir que uma maior presença de policiais ocasionou um decréscimo na taxa de crimes nas localidades.
 
A maioria das vítimas de crimes recupera-se do trauma sofrido e uma minoria pode desenvolver quadros de estresse pós-traumático, o que depende também da severidade da vitimização (AMSTADTER et al., 2007). Estudo de Boccellari et al. (2007) identificou que em torno de 75% das pessoas que são vítimas de crimes violentos desenvolvem estresse pós-traumático. O estresse pós-traumático é um transtorno psiquiátrico incapacitante que causa prejuízos sociais, interpessoais e profissionais, predispondo as pessoas a quadros de depressão, ansiedade e uso de substâncias.
 
Nesse sentido, a criminalidade é um assunto de políticas públicas na área da segurança e da saúde. O estresse pós-traumático, em uma sociedade violenta como a brasileira, pode onerar o sistema de saúde devido à busca de tratamento por parte dessas pessoas para tal patologia. Também, por incapacitar a pessoas para o trabalho, por exemplo, deverá contar com repercussões ao sistema previdenciário.
 
É evidente que a presença policial apenas poderá coibir a criminalidade se esta contar com recursos apropriados para tanto – capacitação, material e salarial. Portanto, o investimento na área da segurança pública tenderá a produzir maior saúde à população e às finanças estatais. É importante considerar essa questão em uma dimensão mais global: maior presença de uma polícia capacitada = menor criminalidade = maior saúde da população = maior preservação dos recursos do Estado.
 
Referências
 
AMSTADTER, A B. et al. Psychosocial Interventions for adults with crime-Related PTSD. Professional Psychology: Research and Practice, v. 38, n. 6, p. 640-651, dez. 2007.
 
BOCCELLARI, A. et al. Characteristics and psychosocial needs of victims of violent crime identified at a public-sector hospital: data from a large clinical trial. General Hospital Psychiatry, v. 29, n. 3, p. 236-243, mai.-jun. 2007.
 
LIN, M.-J. More police, less crime: Evidence from US state data. International Review of Law and Economics, no prelo.
 

Autor: Marli Appel - Equipe SIS.SAÚDE
Fonte: Vide referências

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