Pessoas que sobrevivem ao melanoma - tipo mais grave de câncer de pele - têm maior risco de desenvolver outros cânceres, segundo recente estudo do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Por isso, os especialistas recomendam um acompanhamento mais longo para esses pacientes.

Avaliando dados de mais de 89,5 mil pessoas que tiveram melanoma, os pesquisadores registraram 12,5 mil casos de câncer subsequente, incluindo 3 mil casos de melanoma. Os resultados indicaram que, comparados à população geral, esses pacientes teriam 28% maior risco de desenvolver outro câncer, principalmente por apresentarem uma propensão nove vezes maior a ter um retorno do melanoma. De acordo com os autores, os tipos de cânceres mais comumente desenvolvidos por esses pacientes, além do segundo melanoma, eram tumores de mama (1.156 casos), próstata (2,2 mil casos) e linfoma não-Hodgkin (481 casos).

Os especialistas destacam que, apesar de esses pacientes apresentarem altas taxas de sobrevivência, não há consenso sobre seu acompanhamento. E, como o estudo indica que esse risco um segundo câncer permanece elevado por 20 anos, eles recomendam a adoção de um seguimento mais longo para pacientes diagnosticados com melanoma. “Nosso estudo acrescenta à literatura científica sobre o melanoma, e oferece evidências adicionais para a vigilância médica por toda a vida de pacientes que foram diagnosticados com melanoma em relação a novos melanomas e outros cânceres”, concluiu a pesquisadora Portia T. Bradford.