Uma breve meditação pode aumentar a tolerância à dor, segundo estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Avaliando, em três testes, estudantes universitários que foram submetidos a choques elétricos de intensidade progressiva, os pesquisadores descobriram que, mesmo entre aqueles que nunca haviam feito a meditação transcendental, a prática de uma hora da atividade durante três dias reduzia a sensibilidade à dor.

No primeiro teste, os cientistas confirmaram que a meditação - como toda distração - tem impacto positivo sobre a dor. Em outro experimento, ouve redução da dor de alto nível tanto com a prática de meditação quanto com a resolução de problemas de matemática, mas apenas a primeira também reduzia a dor de baixa intensidade - “mostrando que a meditação não é uma simples distração, é um pouco mais poderosa que isso”, segundo os autores.

“Já tínhamos visto esse efeito em monges, que são meditadores habilidosos, mas parece que você não precisa de treinamento extensivo para se beneficiar. Você não precisa viver uma vida monástica ou ir a uma caverna no Himalaia ou gastar milhares de dólares em treinamento”, explicou o pesquisador Fadel Zeidan, destacando que a meditação pode ser eficaz porque reduz as respostas emocionais à dor, incluindo a ansiedade e a expectativa.

O psicólogo Elisha Goldstein, famoso por seus diversos livros sobre meditação, aponta um exercício de apenas três minutos, realizado duas ou três vezes por dia, para que pessoas sem treinamento prévio tenham alguns dos benefícios da meditação: conscientização - gaste um minuto se tornando consciente do que está acontecendo no momento em seus pensamentos e emoções; foco - passe outro minuto prestando atenção na respiração, notando onde ela reflete mais (nas narinas, no peito ou abdome); e expansão - use mais um minuto expandindo a consciência para todo o corpo físico, notando sensações como formigamentos, calor, dor e frio em locais específicos.