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12/02/2009

Nota Técnica do CEVS

Leishmaniose visceral no Estado do RS

Redigida pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS): 

A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania (L.) chagasi. No homem apresenta-se como uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia ("fraqueza e desânimo") e anemia, dentre outras manifestações. É mais freqüente em menores de 10 anos (54,4%), sendo 41% dos casos registrados em menores de 5 anos. O sexo masculino é proporcionalmente o mais afetado (60%).

No Brasil, a doença tem o cão como principal reservatório nas áreas urbanas e é transmitida através da picada de insetos conhecidos popularmente como flebotomíneos (mosquito palha, tatuquiras, birigui, entre outros) dos vetores Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi, que pertencem à subfamília Phlebotominae (Ordem Diptera: Psycodidae) 

Inicialmente caracterizada como doença eminentemente rural, mais recentemente vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica.   A doença em cães geralmente precede a ocorrência de casos humanos e não se registra transmissão pessoa-pessoa. Portanto, para que indivíduos desenvolvam a doença é necessário que se estabeleça um ciclo de transmissão: Cão>>>flebotomíneo>>> Homem.

No Brasil, a Leishmaniose Visceral Humana, apresenta incidência de aproximadamente 2 casos por 100.000 habitantes, com distribuição nacional heterogênea. A taxa de letalidade está em torno de 7,4%, segundo o Ministério da Saúde (MS), porém, aumenta significativamente o número de casos humanos que podem evoluir para óbito quando não tratados.

Até o ano de 2008, no Rio Grande do Sul somente ocorriam eventuais casos importados de Leishmaniose Visceral. No final desse ano, a SES recebeu notificação do Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, de Leishmaniose Visceral em um cão proveniente do município de São Borja.

Após essa notificação, foram desencadeadas várias medidas de vigilância buscando a comprovação da doença e de sua autoctonia.
Em conjunto, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretaria Estadual de Saúde, a Seção de Reservatórios e Vetores do Laboratório Central de Saúde Pública do RS (LACEN/RS), a 10º Coordenadoria Regional de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde de São Borja, com assessoria da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, elaboraram e vêm desenvolvendo um Plano de Ação de Vigilância da Leishmaniose Visceral, que incluiu: busca ativa e exame de cães sintomáticos (com apoio da Fundação Osvaldo Cruz); levantamento entomológico de flebotomíneos (com envio de insetos capturados ao LACEN/RS e laboratório de referência nacional para diagnóstico).

No mês de janeiro, durante o processo de investigação ambiental, houve notificação de 2 casos humanos suspeitos da doença, de moradores de São Borja. Um dos casos (paciente masculino, de 20 anos, foi internado e iniciou tratamento em Porto Alegre) tendo confirmação laboratorial. O segundo caso (paciente masculino, 30 anos) encontra-se em tratamento e investigação.

Frente à situação, estão sendo desencadeadas na área afetada, as medidas de vigilância que incluem:
capacitação da rede de saúde para o diagnóstico e tratamento da doença;
implantação de vigilância epidemiológica de casos suspeitos;
definição de fluxo de diagnóstico laboratorial para casos humanos e caninos;
vigilância dos reservatórios (cães) incluindo - busca ativa de cães com suspeita clínica, inquérito canino (censitário e sorológico), controle da população canina errante. 
 

Todas essas ações encontram-se em execução.

Nas regiões em que for identificada a presença do inseto vetor, será essencial a participação da comunidade tanto para controlar os fatores que favorecem a multiplicação dos flebotomíneos, através de medidas manejo ambiental (limpeza de pátios e jardins) assim como para controlar a população e a saúde dos cães.

 


Autor: Centro Estadual de Vigilância em Saúde - CEVS
Fonte: http://www.saude.rs.gov.br

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