De acordo com o “Autism Research Centre”, na Universidade de Cambridge (EUA), estamos muito perto de termos um tratamento pré-natal para o autismo. Segundo a pesquisa, em um futuro bem próximo, pais poderão escolher se querem ou não ter um filho com essa condição.
O autismo é uma desordem no desenvolvimento neurológico, pessoas autistas têm dificuldades de se comunicar e de estabelecer relacionamentos com outras pessoas. Existem vários tipos de autismo, algumas pessoas, apesar de serem autistas, apresentam inteligência e fala intactas; por outro lado, algumas apresentam retardo mental, mutismo ou importantes atrasos no desenvolvimento da linguagem. Em sua maioria se apresentam fechados e distantes da realidade que os rodeia.
As suas causas ainda são pouco conhecidas, contudo os estudos nos levam a duas prováveis causas. A primeira é a genética. Para começar, as famílias de autistas têm maior interesse pela área de exatas, muitos pais ou avós são engenheiros ou desempenham outras atividades diretamente ligadas à matemática. Sem contar que os homens estão muito mais propensos a desenvolverem essa condição, a diferença está de uma mulher para quatro homens.
A outra provável causa, seriam problemas durante a formação do feto. De acordo com o Professor Simon Baron-Cohen, diretor do centro de pesquisa que publicou tal estudo, crianças que foram expostas a concentrações elevadas de testosterona fetal exibiam algumas características de adultos com distúrbios autísticos, tais como evitar olhares diretos, desenvolver menos áreas de interesse e dificuldades de estabelecer relacionamentos.
O tratamento do autismo é muito mais no sentido de auxiliar do que de curar, visto que o ele não é considerado uma doença. Entretanto, o Professor Simon ressalta uma importante questão: boa parte das grandes descobertas na área das ciências exatas foram feitas por autistas; se, enfim, curarmos o autismo ainda na fase pré-natal, a humanidade não perderia muitos de seus gênios?