.
 
 
Leucemia linfócita crônica
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


19/02/2009

Leucemia linfócita crônica

Investigadores localizam células anormais no sangue anos antes do diagnóstico da doença

Pesquisadores observaram que glóbulos brancos anormais podem estar presentes no sangue de pessoas até seis anos antes de elas serem diagnosticadas com leucemia linfócita crônica (LLC). Esta nova descoberta irá facilitar o entendimento e tratamento da doença ainda na fase inicial. O estudo foi conduzido por investigadores do National Cancer Institute (NCI), e pelo Food and Drug Administration (FDA), dois institutos americanos.

 “Este achado ressalta a necessidade de estudarmos melhor o desenvolvimento deste tipo de câncer”, afirmou o diretor da pesquisa, John E. Niederhuber, "Identificar os primeiros indicadores de câncer nos dá a oportunidade de estudarmos os estados da transformação da doença. Podendo ajudar a definir os fatores de risco e permitir a descoberta de novos alvos moleculares para o tratamento da patologia.”

A leucemia linfócita crônica é um câncer que progride lentamente ao longo de muitos anos. Nessa doença, os glóbulos brancos anormais, chamados de B-célula ou linfócito B, se aglutinam no sangue e na medula óssea. Os gânglios linfáticos, baço e outros órgãos também podem ser afetados. Embora a LLC seja a forma mais comum de leucemia em adultos nos países ocidentais, pouco se sabe sobre o que provoca a doença ou sobre como se desenvolve.

Outra pesquisa do National Cancer Institute mostrou que mais de 10% dos familiares de pessoas com LLC apresentam B-células em seu sangue. Além disso, algumas de suas células possuem proteínas em sua superfície similares as proteínas encontradas em pessoas com esse tipo de leucemia. Essa condição anormal, conhecida como linfocitose de células monoclonais (MBL), também ocorre em mais de 3% da população com mais de 50 anos, sugerindo que o MBL possa ser o precursor do desenvolvimento da LLC.

No estudo citado, a equipe de investigação congelou o sangue de mais de 77.000 participantes que, até o inicio da pesquisa, não possuíam qualquer tipo de câncer. Posteriormente, 45 dos 77.000 foram diagnosticados com leucemia linfócita crônica. Utilizando técnicas avançadas de analise, os especialistas concluíram que 44 das 45 pessoas com LLC apresentavam células MBL até seis anos antes do diagnostico.
 
“Os resultados indicam que o MBL está presente em praticamente todas as pessoas que foram diagnosticadas com leucemia crônica”, disse o autor principal da pesquisa, Ola Landgren, MD, Ph.D., do NCI da Divisão de Epidemiologia e Câncer Genético. Contudo, nem todas as pessoas que possuem MBL desenvolverão LLC, apenas 1% delas desenvolverá leucemia linfócita crônica.
 
Mesmo os resultados não tendo implicações imediatas para a prática clínica, o estudo do MBL fará parte das novas investigações da National Cancer Institute. De acordo com Neil Caporaso, outro autor do estudo, “Identificar e estudar o MBL irá proporcionar uma perspectiva que ainda não está disponível quando se estuda o LLC. Ao se estudar o MBL poderemos vir a determinar fatores de risco para a doença e identificar com precisão as alterações moleculares que ocorrem nestas células”.
 
A equipe de pesquisa ressalta a importância de se observar o histórico familiar e a progressão da doença. Efetuar avaliações em pessoas propensas ao desenvolvimento de leucemia tem sido fundamental para a identificação e caracterização do MBL. O trabalho atual concentra-se na tentativa de identificar marcadores moleculares que influenciam o desenvolvimento do LLC. A equipe também está realizando estudos que enfocam cancros relacionados ao sangue e seus precursores, incluindo mieloma múltiplo e gamopatia monoclonal.
 
 
 
Referências: National Institute of Health
 

Autor: Fábio Pellenz de Brito - Equipe SIS.Saúde
Fonte: Vide referências

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581